Justiça manda soltar PM preso por atirar em jovem que empinava moto na Baixada Fluminense


O Ministério Público também solicitou oitiva de testemunhas, incluindo familiares da vítima, e destacou a necessidade de devolver o celular de Gabriel à sua família. Gabriel, de 24 anos, morreu após levar um tiro na cabeça
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A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar o policial militar preso pelo homicídio de Gabriel Pereira dos Santos, que tinha 24 anos quando foi morto com um tiro na cabeça enquanto empinava sua moto em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A decisão foi assinada na noite desta quinta-feira (29).
O agente Allan Mendes Rocha ficou 13 dias preso preventivamente, depois de ser autuado em flagrante. Na quarta (28), o Ministério Público se posicionou favorável à soltura do policial, sob medidas cautelares.
O juiz Adriano Celestino Santos, responsável pelo caso, acatou o pedido do MP e determinou que ele responda em liberdade. As medidas cautelares são: o comparecimento mensal em juízo, a proibição de manter contato com os familiares da vítima ou testemunhas, e a restrição de se ausentar da comarca por mais de 10 dias sem prévia comunicação ao juiz.
O Ministério Público também solicitou oitiva de testemunhas, incluindo familiares da vítima, e destacou a necessidade de devolver o celular de Gabriel à sua família.
A informação sobre o pedido de soltura do policial chegou aos familiares de Gabriel na tarde desta quinta-feira, enquanto estavam reunidos com integrantes da ONG ComCausa na residência do jovem.
A notícia causou grande revolta entre os familiares e amigos de Gabriel, que expressaram sua indignação nas redes sociais. Wilsinho Vietna, vizinho de Gabriel, manifestou sua insatisfação, afirmando que Gabriel estava com fones de ouvido no momento da abordagem e que empinar uma moto não justificava o tiro fatal.
O rapaz trabalhava no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Vila de Cava.
O policial é da base do programa Segurança Presente no bairro Miguel Couto, em Nova Iguaçu. Segundo a Secretaria de Governo, responsável pelo Segurança Presente, o agente efetuou o disparo por perceber que Gabriel poderia lançar a moto contra ele.
O PM é investigado pela Corregedoria da corporação e poderá ser descredenciado da Coordenadoria do Programa Estadual de Integração na Segurança caso algum erro seja constatado.
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