Parque em Trindade ganha painel em homenagem a arara símbolo da cidade

A cidade de Trindade celebrou a memória da arara Pipoca com a inauguração neste sábado, 11, de um painel no Parque Lara Guimarães, criado pelo artista plástico Fábio Gomes. A obra, com 4 metros de altura e 25 metros de comprimento, eterniza a história da ave que se tornou um verdadeiro símbolo local.

A arara Pipoca era conhecida por sua interação amigável com os moradores e por frequentar locais públicos, como a tradicional feira do Carreiródromo. Sua morte, em 21 de outubro de 2024, causou grande comoção na comunidade.

Pipoca morreu após pousar em um fio de energia elétrica, um acidente que a Polícia Civil atribuiu ao corte indevido de suas asas, prejudicando sua capacidade de voo.

“As pessoas que visitarem este mural terão uma lembrança boa da Pipoca e de como ela trouxe alegria para a vida dos trindadenses”, afirma Fábio Gomes.

“Pipoca era muito mais que uma ave, era parte da nossa cidade. Este painel é uma forma de honrar sua memória e reforçar nosso compromisso com a causa animal”, disse o prefeito Marden Júnior.

Além disso, Marden anunciou a revitalização do Parque Lara Guimarães, com obras planejadas para os próximos 100 dias.

Relembre

A arara Pipoca, que tinha mais de 15 mil seguidores no Instagram e era um ícone entre os moradores de Trindade, morreu há mais de um mês após sofrer maus-tratos e perder a sustentação em voo. A ave, que conquistou o carinho da comunidade local, era conhecida pela sua docilidade e por interagir com as pessoas. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o animal frequentemente em contato com moradores, o que aumentou a comoção pela sua morte.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a Polícia Civil a identificar os responsáveis pela agressão. A investigação, conduzida pela delegacia de Trindade, revelou que, após análise das filmagens dos arredores do local onde a ave foi encontrada debilitada, foi possível observar um casal carregando a arara dias antes de sua morte.

Segundo depoimentos de testemunhas, o casal teria levado Pipoca para a casa de um familiar. Nesse local, a ave teria sido submetida ao corte de suas asas, o que comprometeu sua habilidade de voar. A Polícia Civil de Goiás detalhou, em nota, que a ave foi encontrada fora de seu local de abrigo e ficou exposta à chuva por toda a noite, o que agravou seu estado de saúde. “O que indica sua dificuldade e impossibilidade em alçar voo e retornar ao seu local de abrigo há mais de três anos”, informou a polícia.

Após retornar ao seu local de abrigo, Pipoca foi levada ao veterinário por moradores que notaram a dificuldade da ave em voar. Infelizmente, ela não resistiu aos danos causados pela agressão e morreu pouco depois.

O delegado responsável pelo caso, Thiago Escandolhero, levantou a hipótese de que o casal queria ficar com a ave, já que não há outra explicação aparente para os maus-tratos.

Durante a investigação, os suspeitos apresentaram versões contraditórias sobre o ocorrido. Um deles alegou que a arara não entrou na residência, enquanto o outro disse ter colocado os netos para brincar com o animal. A polícia, no entanto, identificou inconsistências nas versões e, com o apoio de depoimentos de vizinhos, concluiu que a ave não conseguia voar e ficou exposta à chuva durante a noite, em um sobrado em construção.

Os responsáveis pelos maus-tratos responderão pelo crime de maus-tratos a animais. Eles foram ouvidos pela polícia e liberados, mas o caso continua sendo acompanhado pelas autoridades.

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