Resistindo à prisão, presidente da Coreia do Sul recebe aumento salarial

yoon suk yeol

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, deve receber o aumento salarial anual previsto pelas leis do país enquanto resiste à prisão após sua tentativa de declarar lei marcial em dezembro do ano passado.

O salário anual do presidente aumentará para 262 milhões de won (Pouco mais de R$ 1 milhão por ano na cotação atual). A informação foi obtida pela AFP nesta segunda-feira (13) em um documento do Ministério de Gestão de Pessoal e Inovação do país.

O aumento foi de 3% em comparação ao ano passado. Segundo as leis do país, Yoon mantém seus status como presidente e pode, então, receber seus salários e benefícios do cargo, até ser julgado pelo tribunal constitucional da Coreia do Sul.

Yoon foi suspenso do cargo devido à moção de impeachment que segue sendo deliberada. Desde dezembro, ele permanece escondido em sua residência presidencial usando sua equipe de segurança para resistir à prisão e a mandados de busca e apreensão.

O primeiro ministro Han Deok, que foi destituído pela Assembleia Nacional, também receberá um aumento de 3%. Segundo a imprensa sul-coreana, isso ocorre porque não há regulamentos específicos sobre como remunerar o presidente e outras autoridades do Governo caso forem suspensos do cargo devido a impeachment.

ENTENDA O CASO

Yoon está sendo investigado criminalmente por insurreição por causa de sua tentativa fracassada de impor a lei marcial em 3 de dezembro. A decisão surpreendeu a Coreia do Sul e provocou o primeiro mandado de prisão para um presidente em exercício.

Ele também enfrenta um julgamento de impeachment no Tribunal Constitucional. O presidente afastado, no entanto, tem resistido a contribuir com as investigações e tentativas de prisão.

Duas tentativas de prisão frustradas. O primeiro mandado, emitido em 31 de dezembro de 2024, expirou no dia 3 de janeiro sem que o Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) conseguisse prender o ex-presidente. O segundo foi emitido na última terça-feira (7) e, após seis horas de confronto, o Yoon não foi detido.

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