Escola de Goiás se destaca no Enem com redação nota 1000; saiba o segredo

Com 12 redações nota 1000 no Enem, a Argumento Escola de Redação se destacou como a segunda melhor no quesito no país. Em 13 anos de funcionamento, a instituição de ensino conquistou sua 12ª nota 1000 neste ano, com o aluno Hunter Rezende, que foi o único estudante do Estado a alcançar a marca.

Ao Jornal Opção, o professor Antônio Soares, fundador e diretor da Argumento, explicou que a escola se tornou a 1ª do Centro-Oeste no ensino de redação. “A escola foi criada pois como professor de redação e língua portuguesa percebi que o ensino tradicional de redação é massificado para muitos alunos. Com muitos alunos não conseguíamos resolver problemas individuais de escrita. Já no primeiro ano conseguimos ótimos resultados. Conseguimos primeiros lugares em cursos de medicina”, explicou.

Segundo Antônio, o diferencial é a distribuição de alunos. “Hoje são dois alunos por sala. Dois alunos por professor. A redação é um estudo personalíssimo, muito específico. Hoje temos 200 alunos, nossa capacidade máxima. Então identificamos a dificuldade do aluno, definimos quais são os vestibulares de prioridade do aluno e o preparamos para ele”, afirma.

“Cada vestibular pede características, estratégias, técnicas de redação, de escrita distintas. Essa é a razão pela qual traçamos atividades semanalmente para melhorar a escrita do aluno em vista do vestibular. As estratégias são personalíssimas pois se eu quero um vestibular X, eu preciso ler texto X e realizar práticas escritas X. Eu Quero vestibular Y. Eu preciso ler textos Y e realizar prática de escrita Y”, continua.

Dificuldades do Enem 2024

Com a divulgação das notas do Enem 2024, alunos reclamaram das notas e dos critérios adotados pelo Inep. Segundo Antônio, isso ocorreu devido as mudanças no exame e na dificultação dos critérios de avaliação. “Os critérios ficaram um pouco mais complexos. Além disso, há uma postura do Enem que rechaça modelos prontos de redação. Então, essa postura está por por trás da queda de média. Antes, os alunos ficavam decorando modelos prontos de redação na internet. Então houve uma formação dos avaliadores que insistiu muito em diminuir a nota daqueles que faziam modelos prontos”, afirma.

“Muito da queda das notas, também, se deve a falta de leitura. E isso é uma causa histórica. A dificuldade maior para que alunos possam escrever melhor, se comunicar melhor e resolver provas, não só de língua portuguesa, mas de história, geografia, biologia etc. se deve a falta de leitura e da dificuldade de interpretar textos”, continua.

Outro ponto citado pelo professor que dificulta o aprendizado é o uso de inteligência artificial. “A inteligência artificial é um avanço inevitável e deve ser uma ferramenta. As escolas devem se preparar para usar bem o recurso. Na nossa escola, o estudante não consegue utilizar inteligência artificial com facilidade. As tarefas são tão específicas e tão adaptados, justamente com essa intenção, que demoraria muito ele fazer utilizando inteligência artificial. A escrita é uma atividade humana indispensável”, continua.

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