Emília Perez usou IA para afinar Karla Sofía Gascón

Emília Perez usou IA para afinar Karla Sofía Gascón

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Um dos favoritos do Oscar 2025, o francês Emília Perez (2024) usou IA para corrigir a afinação de Karla Sofía Gascón.

Ontem (18), O Brutalista (2024) virou tema de debate nas redes sociais por ter usado IA para corrigir sotaque e pronuncia dos seus atores, e também para construir alguns elementos visuais.

Com o debate sobre a IA aquecendo nas redes sociais novamente, os internautas resgataram uma entrevista de 7 meses atrás, do técnico de som Cyril Holtz, que revelou o uso de IA em outro favorito da premiação, o musical Emília Perez (2024).

Assim como O Brutalista (2024), o uso de IA no longa francês foi auxiliado pela empresa ucraniana especialista em IA generativa para voz, Respeecher.

Na entrevista para CST, Holtz disse que o uso foi feito apenas para que Karla Sofía Gascón mantivesse o mesmo timbre do começo ao final do filme. Zoë Saldana, Adriana Paz e Selena Gomez não teriam tido problemas para cantar.

A gente usou, para ser mais preciso, uma tecnologia de clonagem de voz por machine learning. Essa escolha foi feita muito, muito cedo, no início das filmagens. Originalmente, eu propus isso como um plano B, ou seja, esperávamos que todas as atrizes pudessem cantar suas próprias partes“, confessou Holtz. “No caso de Zoë Saldana, Adriana Paz e Selena Gomez, não houve muitos problemas, mas com Karla Sofía era mais complicado. Havia partes muito difíceis, principalmente porque ela já havia feito a transição e alguns registros vocais não estavam mais acessíveis. Além disso, a personagem passa por uma transição de gênero, o que tornava tudo ainda mais desafiador. Mesmo adaptando as melodias e a tessitura, era muito difícil para ela.

O técnico continuou: “Obviamente, esperávamos que ela pudesse cantar tudo sozinha, mas precisávamos encontrar uma solução alternativa caso não fosse possível. A dublagem era uma opção, mas a rejeitamos por alguns motivos que já mencionei antes: queríamos manter o mesmo timbre de voz o tempo todo e evitar que isso fosse perceptível. […] Houve muitos debates sobre ética e outros aspectos. No final, o plano B se tornou o plano A e começamos a buscar soluções. […] Ao contrário do que se possa pensar, isso não significou que alguém foi substituído. Na verdade, todos trabalharam ainda mais do que imaginávamos. Para clonar a voz, era necessário ter tanto o timbre quanto as qualidades técnicas da voz original.

Holtz reforçou que, a tecnologia foi utilizada apenas nos momentos em que a personagem de Karla canta.

Emília Perez (2024), vale reforçar, chegará aos cinemas brasileiros em 6 de fevereiro. O filme é encarado como o principal concorrente do brasileiro Ainda Estou Aqui (2024) ao prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar.

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Fonte: CST

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