Combustíveis ficarão mais caros a partir de fevereiro

Os brasileiros passarão a pagar mais caro pelos combustíveis a partir do dia 1º de fevereiro. A mudança se deve à majoração da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e é válida em todo o Brasil, tendo em vista que as alíquotas foram unificadas em 2022. No caso da gasolina e do etanol, o aumento será de R$ 0,10, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro. Já o diesel terá aumento de R$ 0,06 – de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro.

Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, explicou que a unificação do ICMS de todos os estados e a alíquota fixada para cada unidade de medida contribuíram para acabar com a grande discrepância de valores que havia entre as cidades e regiões brasileiras, além de ajudar no combate à sonegação fiscal e tornar a arrecadação mais previsível.

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Segundo ele, por algum fenômeno, o Rio Grande do Sul tem hoje um dos menores valores médios para os combustíveis no País. “O consumidor muitas vezes tem dificuldade de entender, mas não é no posto que isso acontece. É em toda essa estrutura de tributação, importação e influência de fornecedores.”
Dal’Aqua enfatizou que os combustíveis não sofrem variação de preço somente quando a Petrobras reajusta o valor cobrado nas refinarias. A última vez que isso ocorreu foi em 9 de julho de 2024, com um aumento de 7,1% na gasolina. Há ainda impactos provocados pela tributação, importação por outras distribuidoras que não a estatal, concorrência e outros.

Agora, a expectativa é de que a majoração do ICMS seja repassada na totalidade ao consumidor. “Não tem nada a ver com a Petrobras, é o custo do imposto.” No ano passado, mesmo sem reajuste oficial, a gasolina subiu 1% no Estado, enquanto o diesel aumentou 4%.

Outro ponto observado pelo representante é que a estatal está represando os reajustes. Nos últimos meses, a alta do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional puxou os preços para cima. No Brasil, como mencionado antes, não há alteração desde julho de 2024. As estimativas são de defasagem de 23% no valor do diesel e de 11% na gasolina. “Alguns anos atrás essa reposição era instantânea, agora estão segurando”, frisou.

Preço em Santa Cruz

A mais recente pesquisa do Procon de Santa Cruz do Sul, publicada na sexta-feira, mostrou que a gasolina do tipo comum tem preço médio de R$ 6,20, mas há variação de até R$ 0,20 por litro entre os estabelecimentos participantes do levantamento. No caso do diesel, a média é de R$ 6,16 e a variação é ainda maior, chegando a R$ 0,70 por litro na comparação entre o posto mais barato e o mais caro.

*Colaboraram Lucas Malheiros, Carina Weber e Márcio Souza

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