Exclusivo ao Jornal Opção: Marco Feliciano critica governo e defende Bolsonaro como única opção para 2026

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) está no quarto mandato e sempre se destacou por sua personalidade forte. Por conta disso, se envolveu em algumas polêmicas ao longo dos 16 anos como deputado. Um exemplo disso foi quando assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em 2015. Na ocasião, Feliciano afirmou que a comissão sempre foi comandada por Satanás. Ele minimizou a declaração, explicando que, em hebraico, “Satanás” significa “adversário”.

Marco Feliciano, que além de parlamentar também é pastor da Assembleia de Deus e conferencista, sempre foi um defensor da chamada ideologia de gênero e contra o aborto. Já foi acusado de homofobia e racismo e, como ele mesmo afirma, essa postura lhe rendeu alguns processos.

Feliciano esteve em Goiânia na noite desta quarta-feira, 5, onde ministrou na Igreja Assembleia de Deus, Ministério de Vila Nova. Após a pregação, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter Cilas Gontijo, do Jornal Opção.

Na entrevista, Feliciano ressaltou que entrou para a política com a intenção de mudar o Brasil com suas ideias, mas que a experiência política lhe ensinou que as coisas não funcionam dessa forma. Ele disse estar mais amadurecido e, por isso, evitando entrar em polêmicas. O deputado também afirmou que o Brasil vive um “momento de exceção” e que a liberdade de expressão está sendo cerceada. Ele criticou a atual gestão federal, apontando problemas econômicos e institucionais, além de defender o ex-presidente Jair Bolsonaro como a única alternativa viável para a eleição de 2026, embora considere Ronaldo Caiado um bom nome para representar a direita.

O deputado frisou que o Brasil vive um “momento de exceção” e que a liberdade de expressão está sendo cerceada. Ele criticou a atual gestão federal, apontando problemas econômicos e institucionais, além de defender o ex-presidente Jair Bolsonaro como a única alternativa viável para a eleição de 2026.

Críticas às políticas econômicas e institucionais

O parlamentar criticou a gestão econômica, afirmando que as estatais, antes lucrativas no governo Bolsonaro, estão falindo sob a administração atual. “Temos um ministro da Economia que insiste em taxar as coisas. Os preços dos alimentos estão lá em cima”, afirmou, demonstrando descontentamento com a situação.

Feliciano afirmou que o Brasil passa por um momento conturbado na política e destacou o que considera ser uma censura crescente no país. “Temos deputados presos apenas por expressarem suas opiniões”, declarou. Ele também criticou a gestão econômica do governo Lula, citando a alta dos preços dos alimentos e a crise em estatais que, segundo ele, eram lucrativas no governo anterior.

O parlamentar ainda acusou o governo de influenciar a mídia tradicional. “Boa parte da grande imprensa foi comprada pelo governo e mente para o povo brasileiro todos os dias”, afirmou. Como exemplo, citou o fim da ajuda humanitária dos Estados Unidos a imigrantes, que, segundo ele, afetará diretamente os venezuelanos abrigados em Roraima.

A fala também incluiu uma crítica de Lula à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender a ajuda humanitária a migrantes, o que impactou diretamente o Brasil. “O Brasil perdeu, e com isso, nosso acampamento em Roraima, que recebe centenas de venezuelanos todos os dias, está ameaçado”, alertou, mencionando o impacto da decisão na ajuda humanitária, essencial para o sustento de milhares de migrantes.

Feliciano também fez duras críticas à postura diplomática do presidente Lula. “Lula é um anão diplomático”, disparou, expressando a dificuldade que o Brasil enfrenta com sua atual política externa.

Anistia aos presos do 8 de janeiro e articulações políticas

Sobre a possibilidade de anistia para os presos dos atos de 8 de janeiro de 2023, Feliciano afirmou que a decisão dependerá da pressão popular. “Se o povo brasileiro não entender que isso é uma questão humanitária, essas pessoas continuarão presas”, disse. Ele mencionou que uma comitiva de parlamentares americanos visitará o Brasil para avaliar a situação da liberdade de expressão no país.

Feliciano concede entrevista ao jornalista Cilas Gontijo l Foto: MídiaMVN

Questionado sobre o apoio de Bolsonaro e, consequentemente, do PL ao senador Davi Alcolumbre para presidir o Senado e ao deputado federal Hugo Mota para a Câmara, ambos com histórico e apoio à esquerda, ele defendeu as alianças estratégicas na política, mesmo que envolvam figuras com históricos controversos. ‘Bolsonaro percebeu que, às vezes, é preciso perder um dedo para não perder a mão inteira. Com esse apoio, ganhamos comissões estratégicas que nos permitem fiscalizar melhor o governo’, justificou.”

Eleições 2026 e o futuro da direita

Ao falar sobre a próxima eleição presidencial, Feliciano reafirmou que Bolsonaro é a única opção viável para a direita. “Na verdade, temos três opções: Jair, Messias e Bolsonaro. Não quero acreditar em uma terceira via. Tiraram Lula da cadeia e o fizeram presidente. Por que não poderíamos reverter a inelegibilidade de Bolsonaro?”, questionou. Ele alertou que, sem Bolsonaro, a direita se fragmentaria, favorecendo a esquerda.

Quanto a outros possíveis nomes, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, Feliciano destacou que ele é respeitado, mas não tem capilaridade nacional. Ele também mencionou outros nomes especulados, como Pablo Marçal e o cantor Gusttavo Lima, mas reforçou que Bolsonaro é a principal liderança conservadora.

Possibilidade de impeachment de Lula

O deputado confirmou que há diversos pedidos de impeachment contra o presidente Lula protocolados na Câmara. “Tudo depende de quem está na mesa. Se o povo for para a rua, há chances de avançar. Caso contrário, não”, explicou. Para ele, a situação de Lula é mais grave do que a de Dilma Rousseff, pois o governo atual, segundo ele, já ultrapassou os erros cometidos na gestão petista anterior.

Futuro político de Marco Feliciano

Questionado sobre suas próximas ambições políticas, Feliciano afirmou que deseja crescer na vida pública, mas que cargos como o Senado dependem de apoios estratégicos. “Quem faz o senador é o governador e o presidente. No momento, Bolsonaro tem seu candidato e Tarcísio de Freitas deve ter o dele”, ponderou.

Apesar das incertezas, o deputado reiterou sua fidelidade ao grupo político liderado por Bolsonaro e destacou que estará pronto caso surja uma oportunidade. “Se houver uma mudança no cenário, aqui estou”, concluiu.

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