Custo da cesta básica reduz 7,2% em janeiro em Santa Cruz do Sul; confira levantamento

O tomate, a batata-inglesa e a banana foram os três principais alimentos que contribuíram para a redução no custo da cesta básica nacional em Santa Cruz entre 3 de janeiro e 5 de fevereiro. O levantamento do Centro de Estudos e pesquisas Econômicas da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) apontou que houve queda de 7,223% no valor total do conjunto de itens. Com isso, a despesa para a compra passou de R$ 664,13 para R$ 616,70, representando diminuição de R$ 48,02.

Dos 13 produtos pesquisados, seis apresentaram elevação e sete redução de preço. As maiores contribuições para a queda foram do tomate (-5,337%), batata inglesa (-1,725%, continuando a diminuição verificada em janeiro) e banana (-1,532%, invertendo a contribuição de janeiro, de alta do preço).

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Os produtos que frearam a diminuição no valor em fevereiro foram a carne bovina (1,415%, dando sequência à alta verificada em janeiro), o café moído (0,436%) e o pão francês (0,164%).

A carne bovina e o café moído foram fortemente afetados pelo aumento dos preços no exterior, favorecendo a exportação destes e elevando o preço interno, como se viu nos últimos dias. O tomate sempre costuma ter grandes variações a cada levantamento: em dezembro, foi o produto que mais contribuiu para a redução do custo da cesta básica, e em janeiro foi o item que mais influenciou para a elevação.

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A variação acumulada da cesta básica de 12 meses, em relação a fevereiro de 2024, é -5,063%, redução de R$ 32,90. Com esse custo do conjunto de produtos, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebe no início deste mês o novo salário mínimo nacional precisa trabalhar 89,378 horas para adquirir os 13 produtos. Ou seja, 14,19 horas a menos do que o necessário no mês de janeiro.

Salário mínimo ideal

A partir dos gastos com alimentação, o salário mínimo necessário para o atendimento das necessidades básicas de uma família composta por dois adultos e duas crianças para janeiro de 2025, pago no início de fevereiro, deveria ter sido de R$ 5.142,10, seguindo a metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com esse custo da cesta básica, o salário mínimo deveria ser 3,387 vezes maior do que o atualmente vigente.

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A cesta básica relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto durante um mês, tomando como base o Decreto Lei 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei 185, de 14 de janeiro de 1936 – da instituição do salário mínimo no Brasil. A medida estabelece que o salário mínimo é a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, às necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.

A pesquisa da cesta básica nacional em Santa Cruz é feita nas principais redes de supermercados do município e reflete os preços vigentes no dia do levantamento, considerando eventuais promoções e ofertas no dia. Por este motivo, os resultados valem somente para a data do levantamento. Pela dinamicidade dos preços na economia, levantamentos realizados em outras datas e/ou estabelecimentos apresentarão resultados diversos.

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