Justiça determina apreensão de mansão da ‘primeira-dama do PCC’

A Justiça de São Paulo determinou a apreensão da mansão e de valores pertencentes a Cynthia Giglioli Herbas Camacho, conhecida como a “Primeira primeira-dama do PCC” por ser esposa de Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Condenada por lavagem de dinheiro, Cynthia teve que entregar R$ 479,7 mil e uma residência avaliada em R$ 3 milhões, localizada em um condomínio de luxo em Carapicuíba, conforme decisão da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).O valor confiscado, que estava em contas pessoais e empresariais de Cynthia, será revertido ao Fundo de Incentivo à Segurança Pública (Fisp), com destinação para a área de inteligência e o fortalecimento das estruturas das polícias Civil e Militar. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a empresa envolvida era utilizada como fachada para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.A apreensão dos bens foi viabilizada por um decreto que regulamentou a Lei de Lavagem de Dinheiro no estado, formulado pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. A norma estabelece que bens confiscados do crime organizado, como a mansão de Marcola, serão leiloados, e os recursos obtidos direcionados ao Fisp.

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Para operacionalizar essas ações, foi criado o Núcleo de Recuperação de Ativos, coordenado por um delegado de polícia. A unidade é responsável por mapear bens custodiados e identificar aqueles que tiveram perdimento decretado pela Justiça, além de valores e imóveis sequestrados, como no caso da residência de Marcola em Carapicuíba.Marcola e Cynthia foram condenados em novembro de 2024 por lavagem de dinheiro. Ele recebeu pena de 6 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, enquanto ela foi sentenciada a 4 anos em regime aberto. Os sogros do líder do PCC, Marivaldo da Silva Sobrinho e Maria do Carmo Giglioli da Silva, também foram condenados a 3 anos de prisão por atuarem como “laranjas” na compra da mansão.

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