Puxada pela habitação, Goiânia apresenta deflação no IPCA em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Goiânia registrou uma deflação de -0,03% em janeiro de 2025, marcando a primeira queda para um mês de janeiro desde 2021 e a primeira desde agosto de 2024. Este resultado contrasta com a inflação nacional de 0,16% no mesmo período.

A variação acumulada em 12 meses em Goiânia diminuiu de 5,56% em dezembro para 4,61% em janeiro. A queda de 4,57% no grupo de Habitação foi um dos principais fatores que contribuíram para a deflação na capital goiana.

O subitem energia elétrica residencial apresentou um recuo significativo de 16,88% em relação a dezembro de 20243. Outros itens que ajudaram a impulsionar a deflação incluem pacotes turísticos (-3,26%), arroz (-2,24%), transporte por aplicativo (-5,69%) e leite longa vida (-2,43%).

Itens com aumento de preços

Apesar da deflação geral, alguns itens apresentaram altas significativas, como gasolina (1,94%), etanol (5,84%), passagem aérea (17,49%), tomate (20,63%), lanche (2,02%), conserto de automóvel (2,35%) e café moído (6,69%).

Em Goiânia, o grupo de Transportes apresentou a maior variação positiva (1,46%) no mês, com acumulado de 4,24% em 12 meses. Alimentação e bebidas, o segundo grupo com maior peso mensal, teve alta de 0,72%, a menor variação desde agosto de 2024.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em Goiânia, que mede a inflação para famílias com renda de 1 a 5 salários-mínimos, registrou uma queda ainda maior de -0,29% em janeiro de 20255.

Este valor é inferior ao IPCA, o que demonstra que a redução da energia elétrica residencial teve um impacto maior para as famílias de baixa renda. A variação acumulada em 12 meses do INPC foi de 4,51%.

Goiânia foi uma das cinco localidades pesquisadas pelo IBGE que registraram deflação em janeiro de 2025. As outras capitais com variações negativas foram Porto Alegre (-0,03%), São Luís (-0,08%), Curitiba (-0,09%) e Rio Branco (-0,34%).

A menor variação ocorreu em Rio Branco (-0,34%), influenciada pela queda da energia elétrica, enquanto a maior variação foi em Aracaju (0,59%), impactada pela alta das passagens aéreas.

Construção civil

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou um aumento de 0,81% em Goiás em janeiro de 2025, acumulando alta de 3,68% em 12 meses. O custo por metro quadrado em Goiás foi de R$ 1.773,38, sendo R$ 1.024,40 relativos aos materiais e R$ 748,98 à mão de obra.

No Brasil, o Sinapi teve uma variação de 0,51% em janeiro, com o custo médio por metro quadrado em R$ 1.799,82. A métrica é produzida em conjunto pelo IBGE e pela Caixa Econômica Federal, acompanhando os custos da construção civil.

Já os índices do IPCA e INPC são coletados pelo IBGE e servem para medir a variação dos preços para famílias com diferentes faixas salariais.

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