Alguém avisa a Ronaldo que ele está pedindo voto para as pessoas erradas

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O ex-jogador Ronaldo Fenômeno tem ganhado apoio de grandes nomes do futebol para sua possível candidatura à presidência da CBF em 2026. Figuras como Rivaldo, Leonardo, Bebeto, Galvão Bueno e até Gianni Infantino, presidente da Fifa, demonstraram entusiasmo com a ideia. No entanto, se Ronaldo realmente deseja ser eleito, ele está fazendo campanha nos lugares errados.

Para chegar à presidência da CBF, não adianta contar com o apoio de ex-jogadores ou dirigentes internacionais. A eleição é decidida pelo colégio eleitoral da CBF, um sistema estruturado para garantir a continuidade do poder. Esse colégio é composto por três grupos, com votos de pesos diferentes:

       •     Peso 1: Clubes da Série B (cada voto vale 1 ponto).

       •     Peso 2: Clubes da Série A (cada voto vale 2 pontos).

       •     Peso 3: Federações Estaduais (cada voto vale 3 pontos).

Ou seja, um presidente de federação estadual, como o da Federação do Distrito Federal, por exemplo,tem um voto que vale mais do que o do presidente do Flamengo ou do Corinthians. Como o sistema favorece as federações estaduais, bastaria o apoio desses dirigentes para reeleger Ednaldo Rodrigues e manter o comando da CBF nas mesmas mãos.

Ronaldo, portanto, não precisa convencer a Fifa, nem os torcedores, nem ex-jogadores. Ele precisa construir uma base de apoio entre os presidentes das federações estaduais e, de quebra, conquistar a confiança dos clubes que realmente votam com peso na eleição. Até agora, sua estratégia parece ignorar esse ponto fundamental.

A questão que fica é: será que Ronaldo está disposto a enfrentar esse sistema? Ou sua candidatura é apenas um movimento simbólico, sem chances reais de sucesso? O futebol brasileiro já viu tentativas semelhantes serem esmagadas pela estrutura da CBF. Para vencer, Ronaldo terá que jogar o jogo político como ninguém.

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