Vereadores do PT de Blumenau propõem CPI para investigar contratos da merenda escolar

O primeiro teste na nova administração na Câmara Municipal está prestes a acontecer. Os vereadores Jean Volpato e Adriano Pereira, do PT, protocolaram um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos da merenda escolar na cidade. A solicitação busca apurar possíveis irregularidades na prestação do serviço de alimentação nas escolas da rede pública.

Apesar de os problemas na merenda terem acontecido ao final da gestão passada, de Mário Hildebrandt (PL), não parece que a administração Egidio Ferrari (PL) quer entrar nesta dividida logo no início do seu mandato. Até porque seu antecessor é do PL e o secretário de educação responsável pelo contrato é um tucano de alta plumagem, o também vereador Alexandre Matias, exonerado em meados de janeiro.

E resta saber também se a Câmara fará corporativismo para poupar um colega do desgaste, ou se investigará a fundo o que aconteceu. E, por fim, uma CPI proposta por dois vereadores do PT significa que um deles será o presidente, dando holofote para o Partido dos Trabalhadores.

Para que a CPI seja instaurada, é necessário o apoio de pelo menos cinco vereadores. Numa conta fácil, tem os dois do PT e o Professor Gilson (União). Resta saber a postura dos dois vereadores do NOVO. Tem ainda os parlamentares que estão descontentes com o governo, mas esses dificilmente vão endossar uma CPI por conta de Alexandre Matias estar alinhado com eles neste momento.

Escrevemos sobre Alexandre Matias por ele, como ex-secretário, ser o alvo principal de qualquer investigação neste sentido.

Caso obtenha as assinaturas necessárias, a comissão terá poderes para convocar testemunhas, solicitar documentos e realizar diligências para esclarecer as suspeitas.

Segundo os parlamentares Adriano Pereira e Jean Volpato, a recente troca de empresa responsável pelo fornecimento da merenda escolar gerou uma série de problemas, como falta de insumos, ausência de profissionais capacitados e condições inadequadas nas cozinhas de Centros de Educação. Além disso, há suspeitas de que aditivos contratuais tenham ultrapassado o limite legal permitido de 25% dentro de um mesmo ano, levantando dúvidas sobre a legalidade dos acréscimos. A empresa Risotolândia foi substituída pela GEF.

Qual é sua aposta? Vão conquistar as cinco assinaturas? Na gestão passada, quando o Governo percebeu que não conseguiria evitar, fez com que toda a base assinasse, formando a maioria das duas CPIs criadas, a que investigou o contrato da Prefeitura com a Blumob e os contratos de roçadas feitos pelo Samae.

CPIs que não deram em nada.

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