Ligação com a ditadura: Globo gera revolta com apresentadora do Oscar

A escolha de Maria Beltrão para comandar a transmissão do Oscar 2025 na Globo gerou uma série de protestos nas redes sociais, alimentada pela relação da jornalista com o regime militar.

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A polêmica surgiu por conta do envolvimento de seu pai, Hélio Beltrão (1916-1977), com o governo de Costa e Silva. Ele foi ministro durante a ditadura e um dos signatários do Ato Institucional Número Cinco (AI-5), que resultou em censura, tortura e morte de opositores ao regime.O filme ‘Ainda Estou Aqui’, que será um dos destaques da cerimônia, retrata justamente os horrores da ditadura, abordando a luta de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, sequestrado e assassinado pelo regime militar. O longa, dirigido por Walter Salles, foca na trajetória de Eunice, que se tornou ativista pelos direitos humanos após a morte de seu marido, um símbolo da repressão militar. A escolha de Maria Beltrão para apresentar o Oscar, portanto, gerou a percepção de um conflito de valores diante do contexto político abordado no filme.Além de ter sido Ministro do Planejamento durante os governos de Costa e Silva e da junta militar de 1969, Hélio Beltrão também atuou no governo de João Figueiredo. A família Beltrão continua sendo uma figura polêmica, pois o irmão de Maria, Hélio Coutinho Beltrão, é presidente do Instituto Mises Brasil, uma instituição que defende o pensamento libertário de direita e inspira movimentos como o MBL, além de influenciar políticos como Javier Milei, presidente da Argentina.

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