Macron fará cúpula de emergência sobre a guerra da Ucrânia


Autoridades norte-americanas sugeriram que a Europa não teria nenhum papel em nenhuma negociação para encerrar o conflito. O presidente francês Emmanuel Macron discursa durante a Conferência Internacional sobre a Síria em Paris, França, 13 de fevereiro de 2025.
LUDOVIC MARIN/Pool via REUTERS
O presidente francês Emmanuel Macron, receberá líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro britânico, na segunda-feira (17) para uma cúpula de emergência sobre a guerra na Ucrânia, depois que autoridades norte-americanas sugeriram que a Europa não teria nenhum papel em nenhuma negociação para encerrar o conflito.
A presidência francesa disse no domingo que Macron havia pedido “conversas de consulta” e que seria abordado a mudança tumultuada na abordagem dos EUA em relação à Ucrânia e os riscos associados à segurança do continente europeu.
Outros presentes na reunião de cúpula serão o chanceler alemão Olaf Scholz, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e Ursula von der Leyen e Antonio Costa, da União Europeia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu os aliados europeus na OTAN e na Ucrânia na semana passada quando anunciou que havia mantido uma ligação com o presidente russo, Vladimir Putin, sem consultá-los e que iniciaria um processo de paz.
O enviado de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, abalou ainda mais a Europa no sábado quando disse que o país não teria assento à mesa para as negociações de paz na Ucrânia, mesmo depois de Washington ter enviado um questionário às capitais europeias para perguntar o que elas poderiam contribuir para as garantias de segurança de Kiev.
Os EUA também perguntaram aos aliados europeus na OTAN o que eles precisariam de Washington para participar dos acordos de segurança da Ucrânia, de acordo com um documento visto pela Reuters no domingo.
Dezenas de cúpulas semelhantes mostraram que a UE, composta por 27 países, está hesitante, desunida e lutando para elaborar um plano coeso para acabar com a guerra na Ucrânia e lidar com a Rússia, três anos após a invasão de Moscou ao seu vizinho.
Alguns países ficaram descontentes porque a reunião foi apenas para líderes selecionados e não uma cúpula completa da UE, disseram autoridades da UE.
A presidência francesa tentou amenizar essas dúvidas dizendo que a reunião de segunda-feira poderia levar a outros formatos “com o objetivo de reunir todos os parceiros interessados ​​na paz e na segurança europeia”.
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