Flávia Morais vai deixar o PDT, mas George Morais permanece no comando

Sabe um exército de uma mulher e de um homem? Pois bem: ele existe e “fica” em Goiás.

A deputada federal Flávia Morais e o deputado estadual George Morais, ambos do PDT, são os dois únicos soldados e oficiais deste “exército”. A dupla é incansável e circula por todo o Estado. E não apenas em época de eleição.

Workaholic assumida, Flávia Morais não para e representa vários municípios de maneira ampla e precisa. Se brincar, sabe até o CPF das lideranças que a apoiam em todo o Estado. Por isso, entra e sai eleição, e a parlamentar é sempre eleita, com votações espetaculares, sempre acima de 140 mil votos.

George Morais, deputado estadual e presidente do PDT | Foto: Sérgio Rocha

Acima de tudo, Flávia Morais e George Morais são políticos atentos, que apreciam verificar os números (tanto o resultado das eleições quanto as pesquisas).

Em 2018, Flávia Morais foi a segunda deputada federal mais votada — atrás apenas do super fenômeno Delegado Waldir Soares, que conquistou quase 300 mil votos. A deputada foi reeleita com 169.774 votos, ou seja, com 5,6% dos votos válidos.

Porém, em 2022, mesmo tendo ficado em terceiro lugar, a votação de Flávia Morais caiu. Ela recebeu 142.155 votos (4,12%). Em comparação com 2018, a deputada perdeu 27.619 votos. Uma queda bem acentuada.

Carlos Lupi, ministro da Previdência Social | Foto: Reprodução

O resultado de 2022, há pouco mais de dois anos, acendeu o sinal de alerta no bunker de Flávia Morais e George Morais.

Flávia Morais se tornou uma deputada “fraca” e pouco atuante? Não. É forte e é uma operadora de primeira linha. Conhece como poucos os escaninhos do poder em Brasília e em Goiás. Então, o que está acontecendo?. O problema talvez seja o partido.

Para a disputa de 2026, não há uma viv’alma que acredite que Flávia Morais não será eleita. Entretanto, se permanecer no PDT, poderá ser derrotada, mesmo se for bem votada. Porque pode não atingir o quociente eleitoral.

Por isso, Flávia Morais pode deixar o PDT, em breve, ou assim que abrir a janela partidária.

Ao menos quatro partidos já começam a disputar o passe de Flávia Morais, entre eles o pP do deputado federal Adriano do Baldy e o Republicanos do deputado federal Jeferson Rodrigues. O Avante “de” Bruno Peixoto, presidente da Assembleia Legislativa (e ainda filiado ao União Brasil) também estaria de olho grande no passe da parlamentar. Assim como o PSD do senador Vanderlan Cardoso. Ela é o objeto de desejo político preferencial de vários partidos.

Ciente de que Flávia Morais vai deixar o PDT, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi (ministro da Previdência Social), teria convidado um deputado federal de Goiás para assumir a presidência do partido.

Como o deputado não aceitou o convite — porque o PDT terá dificuldade de eleger um deputado federal em 2026 —, Carlos Lupi tende a manter George Morais, marido de Flávia Morais, na presidência do partido em Goiás.

Um deputado estadual também teria sido abordado por um integrante da cúpula nacional. Mas não deu “ok”. (E.F.B.)

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