Bolsonaristas criticam anúncio de pré-candidatura de Caiado à presidência

O governador Ronaldo Caiado (UB) anunciou neste sábado, 22, o lançamento de sua pré-candidatura à presidência. Pelas redes sociais, o governante informou que o evento ocorrerá no dia 4 de abril, em Salvador, capital da Bahia. No entanto, o gesto não foi bem recebido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o jornal O Globo.

De acordo com O Globo, a atitude de Caiado foi vista como “oportunista” por ter ocorrido quatro dias após a denúncia contra o ex-presidente pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Embora Caiado já tenha deixado claro seu interesse em se candidatar à Presidência, o lançamento da pré-candidatura em abril, na capital baiana, gerou controvérsias.

Pela rede social X, o deputado federal Gustavo Gayer disse que Caiado “não vale nada” em um tweet sobre o anúncio da candidatura do governador. Ele também afirmou que o governante seria um “ditadorzinho da pior espécie” e fez uma comparação com Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e ex-ministro.

“Esse aqui é pior que Ciro Gomes. Amigo próximo do Xandão (ministro Alexandre de Moraes, do STF), obrigou as crianças a vacinarem contra Covid, manda fazer busca e apreensão na casa de seus adversários, ameaça qualquer um que fique contra ele, lota o governo com esquerdistas e é um ditadorzim da pior espécie. Conheço essa peste pessoalmente e posso afirmar. Não vale nada”, escreveu Gayer.

Desde a pandemia da Covid-19, Caiado e os bolsonaristas têm acumulado inúmeros “pequenos conflitos”, especialmente sobre o combate ao coronavírus em 2020. O governador goiano discordou da postura de Bolsonaro em relação ao vírus, enquanto o ex-presidente criticava as medidas de isolamento durante a fase mais grave da doença.

Posteriormente, os desentendimentos se concentraram no interesse de Caiado em se candidatar à presidência. Embora Bolsonaro seja inelegível, ele não está disposto a apoiar o nome do goiano para a disputa presidencial. Informações nos bastidores indicam que ele prefere lançar algum dos filhos ou a esposa, Michelle Bolsonaro, ao invés de apoiar outro nome da direita política.

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