Deputado Binho Galinha e PM são denunciados por lavagem de dinheiro

O deputado estadual Binho Galinha (PRD) e o tenente-coronel da Polícia Militar, José Hildon Brandão, foram denunciados nesta segunda-feira, 24, pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro, no âmbito da operação El Patrón.

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Na denúncia, o MP-BA recomenda a manutenção do afastamento cautelar de Hildon das atuvidades dentro da corporação, além do bloqueio dos bens dos dois acusados. Para os promotores de Justiça, os denunciados teriam ocultado a origem de um lote localizado no bairro do Papagaio, em Feira de Santana. O terreno teria sido adquirido por meio de atividades criminosas lideradas por Binho, apontado como líder de uma organização.“Ainda assim, o tenente-coronel se prontificou a realizar a transação e a supostamente efetuar o pagamento, elegendo como meio de quitação justamente o pagamento em espécie, isto é, fora do sistema bancário, via mecanismo que sabidamente impede a comprovação e a verificação do valor verdadeiramente pago, bem como o rastreio da destinação dada aos recursos”, apontarm os promotores.Em nota à imprensa, nesta terça-feira, 25, o deputado Binho Galinha afirmou ter recebido a denúncia com “serenidade”.”Acredita na Justiça. Recebe a denúncia com serenidade, e que no momento certo irei me pronunciar sobre o assunto. Sempre estive a disposição para colaborar com a Justiça. Mantenho minhas atividades parlamentares com regularidade, visitando minhas bases e atento aos meus deveres. Sempre nas sessões da Alba. No mais é ter fé em Deus e na Justiça”, afirmou o parlamentar.Em entrevista recente ao Portal A TARDE, o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), Luiz Neto, destacou os quatro pilares do combate ao crime organizado. “Uma forma muito eficaz é a asfixia patrimonial das organizações criminosas. Precisamos mudar a cultura de investigação no estado. Eu brinco às vezes com policiais que trabalham comigo, perguntando qual é a facção atuante no Nordeste de Amaralina e quem são os líderes do crime no bairro. Eles sabem tudo, todos os nomes e armas, mas se eu perguntar qual é o fluxo financeiro do Nordeste de Amaralina, ninguém sabe me dizer. Olha que é uma pergunta simples do ponto de vista financeiro, quiçá perguntas mais sofisticadas”, afirmou. 

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