Inelegível, Bolsonaro tem vantagem numérica contra Lula em 2º turno de 2026, aponta CNT/MDA

MATHEUS TUPINA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está numericamente à frente de Lula (PT) em pesquisa de intenção de voto para o segundo turno de 2026 realizada pela CNT/MDA e divulgada nesta terça-feira (25).

Se a segunda votação da eleição presidencial fosse hoje, conforme o instituto, Bolsonaro, que está inelegível, teria 43,4% dos votos, ante 41,6% de Lula. Ainda, seriam 12,5% de brancos e nulos, e 2,5% de indecisos. A situação é de empate técnico, já que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada presencialmente e entrevistou 2.002 pessoas da última quarta (19) até o domingo (23).

No cenário de primeiro turno onde concorrem o petista e o ex-presidente, o primeiro marca 30,3% dos votos, e o segundo, 30,1%, seguidos por Ciro Gomes (PDT), com 9,8% e Pablo Marçal (PRTB), com 6,7%, já no segundo pelotão. Brancos e nulos somariam 11,1%, e 5,8% se dizem indecisos.

Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o condenou há dois anos por mentiras contra as urnas eletrônicas e por exploração política das festividades do Bicentenário da Independência.

Ainda de acordo com a pesquisa, Lula tem vantagem numérica no cenário de segundo turno em que disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) -cenário mais provável diante da inelegibilidade do ex-presidente e da denúncia apresentada pela trama golpista de 2022.

Segundo o levantamento, o atual mandatário teria 41,2%, contra 40,7% do ocupante do Palácio dos Bandeirantes. Brancos e nulos são 13,4% nessa simulação, e 4,7% afirmam estar indecisos.

Em possibilidade de primeiro turno onde Lula disputa contra Tarcísio, o presidente marcaria 30,4% dos votos, contra 14,3% de Ciro, 14% do governador e 13,2% de Marçal.

A pesquisa também testou cenários com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que também aparece tecnicamente empatado com Bolsonaro e Tarcísio.

Os entrevistados também foram questionados sobre a preferência de voto, e é possível ver a divisão do eleitorado nas respostas –35,1% prefeririam votar em algum candidato que não seja ligado nem ao atual presidente, nem a seu antecessor.

Outros 30,7% votariam em Bolsonaro ou alguém apoiado por ele, e 29%, em Lula ou alguém por ele apadrinhado.

Refletindo a crise de popularidade do petista, 28,7% afirmaram ver o atual governo como ótimo ou bom, enquanto 26,3% consideram a administração regular e 44% avaliam a gestão petista como ruim ou péssima. Não sabe ou não respondeu 1%.

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