Salvador lidera capitais maiores atrasos escolares em 2022, diz IBGE

Em 2022, Salvador foi uma das capitais do Brasil que registrou maior número de estudantes de 6 a 14 anos e de 18 a 24 anos de idade em atraso escolar, 10,2% e 55,4%, respectivamente. Os dados são do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira, 26.A capital baiana teve o maioar atraso escolar entre estudantes de 6 a 14 anos. Ao menos, 25.470 nessa idade ainda não haviam chegado nem aos anos iniciais do ensino fundamental. Também liderava no atraso dos estudantes de 18 a 24 anos de idade, 55,4% dos quais não estavam no ensino superior, cerca de 43.318 pessoas.Salvador ocupava em 2022 o 4º lugar na proporção de adolescentes de 15 a 17 anos que não tinham iniciado o ensino médio: 30,0% ou 21.865. Neste caso, abaixo apenas de Macapá/AP (34,0% de atraso nessa idade), Natal/RN (33,3%) e Porto Alegre/RS (31,4%).

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Enquanto na Bahia, entre 2010 e 2022, a frequência à escola cresceu em quase todos os grupos de idade, no município de Salvador, esse indicador só avançou para as crianças menores, de até 3 anos, e na faixa de 6 a 14 anos. Nos demai grupos, houve recuos.Em 2022, em Salvador, 34,2% das pessoas de até 3 anos de idade estavam na creche (32.542, em números absolutos). A proporção era de 29,5% em 2010. Já na faixa etária seguinte, de 4 a 5 anos, 86,3% das crianças frequentavam escola (45.942), menos do que os 88,5% de 2010.No grupo de 6 a 14 anos, a frequência escolar na capital chegou a 97,5% em 2022 (249.705 pessoas), também mostrando aumento frente a 2010 (quando era 96,9%). Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, por sua vez, a frequência à escola caiu de 86,9% em 2010 para 83,3% em 2022.BahiaNa Bahia, quase 4 em cada 10 adolescentes de 15 a 17 anos que estudavam ainda não tinham chegado ao ensino médio (36,4% ou 198.964 pessoas). Era o 4º maior percentual entre os estados, abaixo apenas de Pará (38,0%), Rio Grande do Norte (36,9%) e Amapá (36,7%).No Brasil como um todo, 26,8% dos estudantes de 15 a 17 anos ainda não tinham chegado ao ensino médio, em 2022. Esse dado faz com que a Bahia registre posição acima do nível nacional em nível de atraso escolar.Já na faixa de 18 a 24 anos de idade, na Bahia, em 2022, 6 em cada 10 estudantes ainda não estavam cursando o ensino superior (63,3% ou 261.707 pessoas). Também era a maior taxa de atraso escolar entre os estados e bem acima da nacional (43,6%). Logo abaixo da Bahia vinham Amazonas (62,1%), Pará (62,1%) e Alagoas (58,7%). Os menores percentuais estavam em Paraná (29,3%), Distrito Federal (29,5%) e Santa Catarina (32,5%)Em 2022, na Bahia, 4.048.852 pessoas de 25 anos ou mais de idade não tinham instrução ou não haviam concluído o ensino fundamental. Essa proporção havia sido de 6 em cada 10 (58,3%) em 2010 e de 7 em cada 10 (72,5%) em 2000. Apesar da melhoria, a proporção baiana em 2022 ainda era a 5ª mais elevada entre os 27 estados.BrasilNo Brasil como um todo, 35,2% das pessoas de 25 anos ou mais de idade não tinham chegado a concluir o ensino fundamental. Na Bahia, 1 em cada 10 pessoas de 25 anos ou mais (12,4% ou 1.130.930) tinha concluído o ensino fundamental, mas não o ensino médio, em 2022. A proporção cresceu um pouco frente a 2010, quando era de 11,7%, e a 2000, quando havia sido 8,2%. Era a 4ª menor entre os estados.

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No Brasil, 14,0% dos adultos tinham concluído o ensino fundamental, mas não o médio. De cada 10 adultos baianos, 3 tinham ensino médio concluído, mas não haviam completado o ensino superior em 2022 (31,2% ou 2.849.657), frente a 23,45% em 2010 e 14,8% em 2000. Era o 12º percentual entre os 27 estados e próximo ao do Brasil como um todo (32,3%). No total, 4 em cada 10 adultos baianos (43,2% ou 3.943.859) haviam concluído o ensino básico, ou seja tinham terminado ao menos o ensino médio. Essa proporção também cresceu bastante frente a 2010 (quando era 29,8%) e a 2000 (quando era 17,9%).Entretanto, em 2022, só 1 em cada 10 pessoas de 25 anos ou mais de idade, na Bahia, havia concluído o ensino superior (12,0% ou 1.094.202). Embora essa proporção tenha quase dobrado frente a 2010, quando era 6,4%, e quadruplicado frente a 2000, quando havia sido 3,1%, ainda era a 2ª mais baixa entre os estados brasileiros, acima apenas da registrada no Maranhão (11,1%) e empatada, no arredondamento, com a do Pará (12,0%).

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