Total de desempregados atinge 7,2 milhões no trimestre até janeiro, revela IBGE

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O Brasil perdeu 641 mil postos de trabalho no trimestre até janeiro de 2025, ante os três meses até outubro de 2024. Trata-se de um recuo de 0,6% na ocupação ante o trimestre anterior, informou nesta quinta-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a população ocupada somou 102,97 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro. Em um ano, porém, houve alta de 2,4%, e 2,37 milhões de pessoas encontraram uma ocupação.

Já a população desocupada aumentou em 364 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,2 milhões de desempregados no trimestre até janeiro.

Em um ano houve redução de 13,1% nesse grupo, e 1,1 milhão de pessoas encontraram emprego.

A população inativa ou fora da força de trabalho, por sua vez, somou 66,75 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro, 640 mil a mais do que no trimestre anterior (+1%). Na comparação com um ano atrás, informou o IBGE, esse contingente teve alta de 0,3%.

O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – ficou em 58,2% no trimestre até janeiro, 0,5 ponto porcentual abaixo do registrado no trimestre encerrado em outubro, e 0,9 ponto porcentual acima do nível registrado um ano antes, em janeiro de 2024.

Força de trabalho

No trimestre terminado em janeiro de 2025, faltou trabalho para 18,066 milhões de pessoas no País, das quais 7,2 milhões estavam sem nenhum trabalho, segundo os dados da Pnad Contínua do IBGE.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 15,5% no trimestre terminado em janeiro, de 15,4% no trimestre até outubro de 2024.

Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial – pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

Um ano antes, no trimestre até janeiro de 2024, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,6%.

Ainda segundo o IBGE, a população subutilizada (18,066 milhões) aumentou em 1,1%, ou 193 mil pessoas, ante o trimestre até outubro e recuou 11,1%, ou 2,24 milhões de pessoas, no ano.

Desalento

Conforme a pesquisa do IBGE, o Brasil registrou 3,183 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em janeiro de 2025.

A população desalentada cresceu 4,8% no trimestre (mais 147 mil pessoas) e teve redução de 10,9% (menos 389 mil pessoas) no ano.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Estadão Conteúdo

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