A era da busca pela saúde mental

Do anonimato à fama, todos estão vivendo um período de intensa busca pela saúde mental. Seja pela pressão das métricas diárias e das realizações pessoais, por uma má notícia, pela perseguição de haters na internet ou pela necessidade de manter uma boa imagem em um mundo que, muitas vezes, parece nebuloso até para os bem-intencionados. São inúmeros os motivos que levam as pessoas a buscar ajuda.

Recentemente, o youtuber, comediante, ator e compositor Whindersson Nunes, que soma quase 50 milhões de inscritos no YouTube, foi internado voluntariamente em uma clínica psiquiátrica em São Paulo. Talentoso e milionário, ele enfrenta dificuldades para lidar com a fama e decidiu tornar pública sua internação. Mas ele não foi o único a passar por essa experiência. Muitos outros famosos já buscaram clínicas psiquiátricas em busca de ajuda. Quem não se lembra da musa do pop Britney Spears, que foi internada diversas vezes, algumas voluntariamente e outras de maneira forçada?

Em 2008, após um colapso psicológico, Britney raspou a própria cabeça enquanto fugia de paparazzi, em um episódio que chocou o mundo. Já em 2019, enfrentando problemas de saúde do pai, Jamie Spears, e dificuldades com a troca de sua medicação, a cantora chegou a afirmar: “Todos precisamos de um tempo para nós.” Diagnosticada com transtorno bipolar, ela manifestou o desejo de mudar de nome e chegou a deletar seu perfil no Instagram, preocupando os fãs.

Outras celebridades que já buscaram ajuda voluntariamente:

• Demi Lovato – Aos 18 anos, enfrentou problemas com álcool e drogas, transtorno bipolar e bulimia.
• Vanessa Lopes – A ex-BBB foi internada em uma clínica psiquiátrica após desistir do programa.
• Diego Alemão – Outro ex-BBB que precisou de internação psiquiátrica após ser preso em 2023.
• Mariah Carey – Internada em 2001 após um colapso físico e mental.
• Janet Jackson – Enfrentou problemas com vício em drogas na juventude e buscou ajuda.

Famosos que lutaram contra a depressão:

Van Gogh, Abraham Lincoln, Jim Carrey, Adele, J. K. Rowling e Clarice Lispector.

Certamente, você já ouviu falar de uma das maiores estrelas de Hollywood, cuja história não teve um final feliz: Robin Williams. Em seu último ano de vida, 2014, o ator estava em tratamento, mas sua então esposa, Susan Schneider Williams, percebeu que sua ansiedade e medo haviam atingido níveis alarmantes. Além de seu estresse habitual, ele começou a apresentar delírios, paranoia, insônia, falhas de memória e altos níveis de cortisol.

Durante as gravações de Uma Noite no Museu 3 – O Segredo da Tumba, Robin sofreu um ataque de pânico e teve dificuldades para memorizar suas falas, algo raro para ele. Após esse episódio, foi medicado com antipsicóticos, mas continuava a sentir que algo estava errado. “Só quero ‘reiniciar’ meu cérebro”, chegou a dizer. Ele se submeteu a terapias, meditação, ioga e outros tratamentos para aliviar a ansiedade. Apesar de sinais de melhora, em 11 de agosto de 2014, Robin Williams foi encontrado sem vida em sua casa. Seu caso escancarou a gravidade dos transtornos mentais e a necessidade de apoio.

Infelizmente, sua história não teve um desfecho feliz, mas reforça a importância da busca por ajuda psicológica. O tema ainda é tratado com tabu pela sociedade, mas precisa ser discutido. Saúde mental é um assunto sério e pode transformar vidas quando recebe a devida atenção.

Whindersson tomou a decisão certa ao buscar ajuda e tornar isso público. Depressão, medo e ansiedade não escolhem suas vítimas – afetam pessoas em diferentes níveis. O importante é ser honesto consigo mesmo e enfrentar a situação. Fugir, ignorar ou esconder o problema só piora as coisas. Encare a vida e cuide da sua saúde mental.

Atenção a sintomas como:

• Dificuldade para se abrir ou pedir ajuda
• Falta de vontade de viver
• Perda de interesse por atividades que antes traziam prazer
• Isolamento social
• Agressividade
• Irritabilidade
• Pensamentos suicidas
• Desistência de sonhos e esperanças

Se você enfrenta essas dificuldades, procure ajuda e não sinta vergonha de pedir apoio.

Centro de Valorização da Vida (CVV)

• Telefone: 188 (atendimento 24 horas)
• Atendimento por chat:
  • Domingo: 17h à 01h
  • Segunda a quinta: 09h à 01h
  • Sexta: 15h às 23h
  • Sábado: 16h à 01h

Não hesite em buscar ajuda. Você não está sozinho.