PM suspeito de estuprar diarista diz que vítima usava ‘roupas provocativas’

A diarista que denunciou ter sido estuprada por um policial militar na última quarta-feira (26/2), em uma loja no Bairro Santa Rosa, na Região da Pampulha, pediu uma medida protetiva contra o suspeito.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o pedido foi encaminhado na manhã desta sexta-feira (28/2) para ser analisado pelo Tribunal de Justiça. Aos investigadores do caso, o militar alegou que a relação foi consensual e que a diarista usava “roupas provocativas”.

Conforme consta no boletim de ocorrências do caso, a diarista, de 22 anos, relatou ter ido ao estabelecimento que pertence ao policial militar, de 33, para fazer uma faxina. Em determinado momento, ela notou que o suspeito parecia beber algo semelhante a uísque e, inicialmente, tocou em suas nádegas.

“(A vítima alega que) o repreendeu, porém, depois, quando ela finalizou a faxina, ele teria subtraído o telefone celular dela, teria colocado uma arma próxima a sua costela, a ameaçado de morte e a obrigado a se despir e, então, realizado a conjunção carnal de maneira forçada”, detalha a delegada.

O militar deu sua versão primeiramente no boletim de ocorrências, no qual disse que a diarista teria tocado nele primeiro e que eles chegaram a conversar sobre fetiches e trocaram palavras de cunho sexual. “O suspeito alega que houve uma relação sexual, porém ,teria sido consensual, e que, inclusive, a vítima estaria com roupas provocativas”, relata a delegada Mascotte.

O inquérito policial para investigar o caso já foi aberto. De acordo com a delegada responsável pela investigação, Larissa Mascotte, foram colhidas imagens de câmeras de segurança próximas do local onde teria acontecido o estupro e que podem ajudar a solucionar o caso. Também começaram a ser marcados depoimentos com testemunhas.

Ainda segundo a delegada, a vítima foi encaminhada para um hospital de referência, onde foram colhidos vestígios biológicos. Dentre os exames que a diarista deverá passar, estão o corpo de delito, de confrontação genética e constatação de violência sexual – este último poderá esclarecer se a relação foi consensual ou não.

“Esses vestígios seguem para o Instituto de Criminalística e para o Instituto Médico Legal (IML), para que sejam feitas os devidos exames periciais”, detalha a delegada.

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