Encruzilhada gera emprego com produção de frutas

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes às contratações formais em janeiro, mostram bom desempenho na geração de novas oportunidades. O Rio Grande do Sul ficou em segundo no Brasil, com 26.732. Desses, 14.900 são da agropecuária, o setor que mais empregou no primeiro mês do ano.

No Vale do Rio Pardo, o saldo também é positivo, com destaque para a indústria da transformação do tabaco, em Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz. Encruzilhada do Sul conseguiu resultados positivos, especialmente, devido a uma peculiaridade: a diversificação produtiva com aposta na fruticultura. Foram geradas 237 oportunidades, sendo 170 somente no cultivo da uva.

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O técnico agrícola do escritório da Emater/RS-Ascar do município, Marco Antônio dos Santos, explica que o período de maturação nos parreirais é no início do ano, o que explica a maior procura por mão de obra entre janeiro e fevereiro. São 500 hectares com divisão entre as variedades finas, que são destinadas a vinhos e espumantes, e do tipo Americana, que são para uso comum, como sucos.

O clima não colaborou, tendo sido registrado excesso de chuva no período de floração, mas o solo e a condição climática faz com que o fruto seja de qualidade, com concentração de açúcares, podendo gerar bons produtos. “Os nossos produtos, com uva daqui, já alcançaram premiações internacionais”, exemplifica Santos.

Além da colheita, na sequência, onde ainda não há mecanização, o setor demanda de profissionais para fazer a poda e esse serviço exige mais gente do que os que já têm contrato fixo nos vinhedos.

Outros produtos destacam Encruzilhada

Além da uva, que foi trazida para a região por representantes da Serra Gaúcha, Encruzilhada também destaca-se pela diversificação com outros produtos, como a amora. Em pequenas propriedades tem conseguido ampliar a produção, ao ponto de ser o segundo referencial no Estado, atrás apenas de municípios tradicionais, como Vacaria. Um dos exemplos é o assentamento da reforma agrária – uma área que tem apresentado bons resultados.

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Outros produtos como noz pecan têm tido bons números. Além disso, é um dos poucos locais com produção comercial de romã. São 15 hectares, sendo que 12 já estão em produção. Maçã, em menor quantidade, e melancia, como destaque produtivo gaúcho, com colheita após o período da Região Carbonífera são outros exemplos, que acabam impactando na geração de empregos no meio rural.

Maior plantação de oliveiras

A diversificação tem apresentado bons resultados, mas um já coloca Encruzilhada no mapa nacional e até internacional há mais tempo. É a produção de olivas e do azeite. O município tem a maior área plantada no país, com mais de 1 mil hectares, com cerca de 600 já produzindo. Não fosse a condição climática, ressalta Marco Antônio dos Santos, a safra deste ano poderia representar 700 toneladas. O setor conseguiu reconhecimento com a conquista de títulos pela qualidade do azeite de oliva.

De olho no turismo

Assim como a Serra Gaúcha, que atrai visitantes para os parreirais, já há projetos para incrementar produção e turismo. Há cantinas, conta o técnico agrícola, que iniciam o processamento da uva no local, o que pode atrair visitantes. Outro casamento que pode chamar a atenção é o das olivas e seu azeite com a carne de cordeiro, que é característica de pecuária encruzilhadense. “Temos empreendimento na entrada da cidade, que já fez eventos com almoço e passeio”, destaca.

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