Ilê Aiyê leva ancestralidade e resistência ao Circuito Campo Grande

No circuito há 50 anos, o bloco afro Ilê Aiyê desfilou com força e tradição pelo Campo Grande nesta segunda-feira, 3. Com suas cores tradicionais – preto, amarelo e vermelho –, o bloco encantou o público com um cortejo marcado por ritmo, dança e mensagens de resistência.

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Mantendo a tradição, o bloco levou para a avenida um tema especial: “Kenya, o berço da humanidade – valorizando a identidade afro-brasileira”. Sob a regência do Mestre Mário Pam, a Band’Aiyê conduziu o desfile ao som do samba-afro e do ijexá.O desfile começou com atraso e teve início por volta das 22h, ao som de clássicos que marcaram a história do Ilê Aiyê. A celebração dos 50 anos do bloco afro reuniu foliões emocionados.Entre eles estava Solange Santos, de 49 anos, que tinha apenas um ano quando o Ilê desfilou pela primeira vez. Desfilar no ano em que o bloco completa meio século foi, para ela, uma experiência inesquecível. “É uma sensação de empoderamento. O Ilê é uma referência muito grande para nós. Sofremos muito para chegar onde estamos. Para nós, mulheres negras, ele representa um passaporte para a liberdade”, afirmou.Já Rosângela Xavier, também de 49 anos, viveu um momento ainda mais especial: entrou na avenida com o orgulho de ver sua filha, Lorena Bispo, brilhar como a Deusa do Ébano 2025. “Ainda não sei descrever a dimensão desse momento. São trilhões de emoções. É a realização de um sonho e um marco na história da negritude”, declarou, emocionada. Veja fotos:

|  Foto: Grazy Kaimbé | Ag. A TARDE

|  Foto: Grazy Kaimbé | Ag. A TARDE

|  Foto: Grazy Kaimbé | Ag. A TARDE

*Sob supervisão de Bianca Carneiro

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