10 diferenças entre Dragon Ball Daima e Dragon Ball Super

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Quando Dragon Ball Daima foi anunciado, surgiu a dúvida se a nova série da franquia seria canônica ou filler, porque Dragon Ball Super já era conhecido como a sequência oficial. Mas todo o envolvimento que Akira Toriyama teve em sua história é a prova concreta de que podemos considerar Daima canônico. 

Dragon Ball Super também se tornou importante demais para ser descartado como uma história qualquer, considerando o quanto Toriyama participou na criação do seu mangá, anime e filmes. Ambos trazem vários complementos a série original de Dragon Ball, embora alguns pontos das suas histórias acabam entrando em discórdia. 

A inocência de Goku

Reprodução/Toei Animation

Uma das características mais marcantes de Goku é sua inocência, que continua presente até na vida adulta. Sua ingenuidade em relação a praticamente tudo sempre foi uma das maiores graças de Dragon Ball. Em Dragon Ball Super, esse lado de Goku já começou a ir longe demais aos olhos do público mais velho. 

Ele esqueceu que tinha uma neta, não se importou com a destruição dos outros universos e afirmou que nunca beijou sua esposa, mesmo tendo dois filhos com ela. Contudo, em Dragon Ball Daima, Toriyama não podia envolver tantas piadas adultas, já que o protagonista voltou a ser criança. Ou seja, as piadas com Goku se limitavam apenas a um garoto que não queria tomar banho em vez de exagerar igual ao Super. 

Comédia e aventura

A diferença temática entre Daima e o Super é bem similar às duas primeiras fases de Dragon Ball. Sua história envolve lutas desde o começo, mas o foco principal da primeira fase (o clássico) era uma aventura cheia de comédia. A segunda fase (Dragon Ball Z) já partiu para um tema mais sério, com lutas de vida ou morte para decidir o destino da Terra. 

Dragon Ball Super se compara mais a segunda fase, porque os personagens continuam adultos, e as lutas carregam um peso dramático. Seu anime e mangá tem alguns momentos de comédia, mas são poucos. Dragon Ball Daima já segue um caminho similar a primeira fase, deixando o drama de lado para criar uma história  leve. Até mesmo nas lutas mais sérias o humor se destaca acima de tudo.  

Oponentes mais fortes

Reprodução/Toei Animation

Ao priorizar o tema de lutas, Dragon Ball Super precisa seguir a velha regra do battle-shonen: cada inimigo tem que ser mais forte do que o antigo. Toriyama já falou mais de uma vez sobre a complexidade de seguir uma história com personagens tão poderosos. Por esse motivo, Dragon Ball precisou de um tempo até voltar com uma sequência, que traga inimigos mais fortes do que Majin Boo. 

Para elevar o patamar de ameaça a um nível tão grande, o Super precisou se estender a ideia de multiverso e Deuses da Destruição. Mas, ao priorizar a aventura, Dragon Ball Daima não teve a necessidade de aumentar o perigo com vilões que destroem planetas. Todos os desafios que Goku e Vegeta encontraram ao longo da sua jornada eram facilmente resolvidos com o Super Saiyajin 1. 

O uso do Super Saiyajin 2

Conforme o número de transformações aumenta em Dragon Ball, as formas mais básicas como o Super Saiyajin 2 perdem sua utilidade. Goku reforça isso em Dragon Ball Daima, quando ele usa o Super Saiyajin 2 apenas uma vez em batalha. O SSJ1 era usado na maioria das lutas, e o SSJ3 era uma opção melhor do que SSJ2 nos momentos críticos. 

Por outro lado, em Dragon Ball Super, Goku costumava usar o Super Saiyajin 2 frequentemente em batalhas de aquecimento. Ele usou essa transformação na primeira luta contra Zamatsu, no treinamento com Gohan e na luta final contra Caulifla.  

O Super Saiyajin 3 de Vegeta

Reprodução/Toei Animation

Descobrir que Vegeta também pode se transformar no Super Saiyajin 3 foi uma das maiores surpresas de Dragon Ball Daima. De acordo com Bulma, ele conseguiu essa transformação depois de lutar contra Boo. Mas isso vai contra a história de Dragon Ball Super, onde Vegeta não possui o Super Saiyajin 3.

Se Vegeta tivesse o SSJ3 no Super, ele teria usado seu poder na primeira luta contra Bills. Além disso, em seu treinamento com Mirai Trunks, ele deixa subentendido que desistiu de aprender o SSJ3, porque conseguiu transformações mais poderosas, como o SSJ Blue. 

As transformações novas

Transformação de Dragon Ball Daima
Reprodução/Toei Animation

Outra necessidade que vem com a sequência de lutas sem fim é a apresentação de novas transformações. Dragon Ball Daima é um anime mais curto e sem ameaças divinas, então Toriyama não teve o trabalho de planejar uma série de novas transformações. Ele só teve que aproveitar o conceito do Super Saiyajin 4 para introduzi-lo com uma nova cara. 

Dragon Ball Super já levou o autor a pensar em vários conceitos diferentes, começando do Super Saiyajin Deus. A partir daí, cada Saiyajin precisava de uma transformação exclusiva para se diferenciar dos outros. Goku ficou com o Instinto Superior, Vegeta com o Ego Superior, Trunks com o SSJ Rage e Gohan com o modo Beast. 

O criador dos universos

Todos os universos de Dragon Ball foram criados por um único deus, mas esse personagem muda em cada série. O Kaioshin Shin diz em Dragon Ball Daima que o criador do multiverso se chama Super Majin Rymus. A única coisa que sabemos sobre Rymus é que ele criou os universos para o antigo Rei Supremo dos Demônios expandir seu exército. Fora isso, não sabemos seu paradeiro ou se ele ainda está vivo. 

A introdução de Rymus gerou muitas dúvidas, porque Zeno já era denominado como o governante supremo em Dragon Ball Super. Caso as duas séries façam parte do mesmo universo, esse retcon nos leva a acreditar que na verdade existem dois deuses supremos. Também tem a possibilidade do Super continuar sua história, ignorando os eventos de Daima, como se fosse um universo paralelo. Nesse caso, nunca teremos uma explicação para a relação de Rymus e Zeno.   

Kaioshins e Deuses da Destruição 

kaioshin

Em Dragon Ball Daima, foi revelado que os Kaioshins são mais uma raça de Majins que nasceu no Reino Demoníaco. Isso não vale só para o Universo 7, Gowasu, Zamasu e todos os Kaioshins do multiverso vieram do mesmo planeta. O grupo de Kaioshins que Rymus escolheu para supervisionar cada universo é o mesmo que vemos em Dragon Ball Super.

No entanto, os Deuses da Destruição não são mencionados em nenhum momento dessa história. A vida deles se conecta diretamente aos Kaioshins, então os Deuses da Destruição também devem ter alguma ligação com os Majins. Esse é outro detalhe que só pode ser explicado com um encaixe entre as duas séries.  

Participação de Gohan

Gohan Beast
Reprodução/Toei Animation

Gohan não virou o protagonista permanente de Dragon Ball como Toriyama queria, mas ele ainda tem uma grande relevância na franquia. Até o arco de Goku Black, sua participação em Dragon Ball Super era bem limitada, já que ele deixou de treinar. Nos arcos seguintes, Gohan voltou a interagir mais nas lutas e até ganhou uma nova transformação. 

Em Dragon Ball Daima, ele não aparece em nenhum momento, nem no primeiro episódio, quando todos os personagens estão reunidos. Provavelmente, se Gohan tivesse ido ao Reino Demoníaco, ele teria um papel pequeno também. Afinal, todo destaque iria para Goku e Vegeta de qualquer forma.

Duração

Dragon Ball Daima foi um anime curto por escolha do próprio Toriyama. Ele não queria fazer uma série longa de novo, então uma pequena aventura de 20 episódios já era o suficiente para sua última obra. Ao contrário de Toriyama, a Shueisha e a Toei Animation tentam prolongar Dragon Ball Super o máximo possível. O autor só aceitou trabalhar no Super, porque seus colaboradores eram responsáveis pela parte mais puxada do roteiro. 

O enredo original de cada arco e o design dos novos personagens vieram do autor. O desenvolvimento do anime era com os produtores da Toei, enquanto Toyotaro cuidava do mangá. O anime do Super foi até o episódio 131, e o mangá continuou seguindo em frente até o capítulo 103. Ainda tem muita história para contar no Super, mas a série teve que entrar em hiato devido a morte de Toriyama. 

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Dragon Ball surgiu em 1984, sendo uma criação de Akira Toriyama, que anteriormente já tinha emplacado no Japão o sucesso Dr. Slump (também publicado aqui pela Panini).

Adaptando livremente o conto chinês Jornada ao Oeste, começa contando a história do pequeno Goku, um garoto com uma força extraordinária e um rabo de macaco, que viveu até então isolado da humanidade. Sua vida muda quando uma jovem aventureira chamada Bulma o conhece, procurando por uma das lendárias Esferas do Dragão.

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