Elenco tricolor em xeque?

Há duas semanas, escrevi neste espaço sobre a importância de ter um grupo forte, usando como exemplo o fato de Cauly, com a jogada, e Willian José, com gol, terem garantido o importantíssimo empate, na Bolívia, contra o The Strongest, saindo do banco. A derrota de sábado, pela semifinal do Baiano, contra o Jacuipense, com o time reserva colocou em xeque, entretanto, o elenco tricolor para muitos torcedores. Fato é que hoje é dia de Libertadores, gora no Uruguai, contra o Boston River, e o elenco será colocado novamente à prova nessa semana decisiva..

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O foco é hoje. Não tem jeito. São 36 anos de espera e o torcedor do Bahia está doido para curtir cada momento dessa experiência de Libertadores. Espero que o Esquadrão consiga repetir a postura apresentada na estreia, na Bolívia. Com concentração o tempo todo e com a qualidade técnica do grupo tricolor, as chances são boas para trazer novamente um bom resultado para a decisão da vaga na Fonte. Para que a torcida possa repetir aquele clima mágico do jogo de volta contra os bolivianos.Entre os dois confrontos contra os uruguaios, entretanto, é preciso motivar todos os envolvidos na partida de domingo, contra o Jacuipense, em Feira. A tarefa de reverter a vantagem adversária não será simples, mas é importante que seja dada uma resposta imediata, após a frustrante derrota de sábado.Vi muitas críticas à decisão de colocar apenas reservas na primeira partida, mas confesso que, assim como Ceni, também acreditei que um time formado por Danilo, Arias, David, Rezende, Iago, Acevedo, Erick, Nestor, Cauly, Michel Araújo e Willian José seria suficiente para um bom resultado, como o primeiro tempo parecia comprovar. Mas veio o início de segundo tempo ruim e jogou tudo fora.

Cauly segue buscando espaço no time titular

|  Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia

Continuo considerando que o grupo desta temporada tem sido montado de forma satisfatória para que seja mais qualificado, com mais opções de variações de características. Deve ser muito bom para um treinador poder escolher de acordo com o adversário ou o momento do jogo, um jogador ou outro, por causa das características. No centro do ataque, por exemplo, poder colocar Willian José, com mais presença de área, no lugar ou ao lado de Lucho.O problema é quando a intenção seria apenas replicar uma formação. Manter o que está dando certo. Se Lucho precisa ser substituído, não vai haver outro que se assemelhe, por exemplo. No jogo de sábado, faltou velocidade, justamente pelo uso de peças com características distintas das originais. O time principal tem voado com a velocidade e intensa movimentação de Erick Pulga, Ademir e Lucho. No momento, com a ausência deles, não há como isso ser replicado. E é por isso que a forma de jogar acaba forçadamente diferente.

Michel Araújo, Erick e Thiago em treino do Bahia

|  Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia

Ainda assim, dá para ver que a entrada de um ou outro desses na equipe titular ajuda a manter o nível de qualidade, oferecendo variações interessantes. Só que isso pode ser notado com muito mais clareza no momento das substituições durante os jogos do que quando é colocado um time completamente reserva desde o início. Nessas situações, como foi contra o Jacuipense, falta entrosamento e confiança e sobra ansiedade para mudar de status.Espero que hoje, contra o Boston River, todos aqueles que atuem, de início ou como suplentes, consigam brilhar, deixando o Bahia em ótimas condições para o jogo de volta. E que, com titulares ou reservas, o elenco mostre força suficiente para reverter a vantagem, colocando o Tricolor também na final do Baiano.

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