Deputados do agro refutam propostas de Lula para frear preços dos alimentos

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se posicionou criticamente em relação às medidas anunciadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quinta-feira, 6, com o intuito de combater a alta nos preços dos alimentos.

A bancada considerou as ações do governo ineficazes e afirmou que o problema central da inflação está no desequilíbrio fiscal, não na oferta de alimentos. Em nota oficial, a FPA argumentou que a verdadeira solução para a questão seria a colheita da safra nacional nos próximos meses e a correção das políticas que impactam o custo de produção.

Além disso, a FPA criticou a decisão do governo de zerar impostos sobre produtos importados, argumentando que tal medida não fortalece a produção nacional. A bancada também ressaltou a importância de iniciar as discussões sobre o novo Plano Safra 2025/2026, que deve garantir recursos suficientes e juros adequados aos produtores rurais.

A FPA cobrou ainda um retorno do governo federal sobre as propostas estruturantes apresentadas à Casa Civil e ao Ministério da Fazenda, voltadas para o fortalecimento do setor agropecuário.

O deputado federal José Nelto, integrante da bancada agropecuária, também se manifestou sobre o tema nas redes sociais. Em sua postagem, Nelto criticou o governo pela adoção de medidas como a taxação e tabelamento, argumentando que tais ações penalizam os trabalhadores do campo, que já enfrentam desafios como a crise climática.

O deputado defendeu que a solução para a crise está no aumento da produção agrícola, na redução dos juros e na valorização do dólar, o que, segundo ele, contribuiria para a diminuição do preço dos fertilizantes.

Uma das principais medidas anunciadas pelo governo foi a isenção de impostos sobre um grupo específico de alimentos importados. Itens como açúcar e carne bovina, que representam representam 1% das importações totais do Brasil em 2024.

O governo brasileiro destina recursos para a importação de produtos como azeite de oliva e café, mas os valores são pequenos em comparação com o total gasto em importações. O valor gasto com alimentos isentos de impostos foi de 0,64% do total gasto pelo Brasil em importações no ano passado.

Com a inflação persistente e a alta nos preços dos alimentos, a bancada agropecuária questiona a eficácia das ações do governo, sugerindo que a ênfase deve ser dada ao fortalecimento da produção interna e a melhorias nas condições para o setor agrícola, em vez de medidas com impacto limitado sobre o problema estrutural.

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