Eclipse total da Lua acontece nesta sexta-feira; saiba como acompanhar

Na madrugada desta sexta-feira, 14, o céu será palco de um espetáculo raro: o primeiro eclipse lunar total de 2025. O fenômeno, visível em todo o Brasil, marcará o primeiro evento desse tipo desde 2022, segundo informações da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa). Durante a totalidade do eclipse, a Lua ficará completamente imersa na sombra da Terra e ganhará uma tonalidade avermelhada, criando o efeito conhecido como “Lua de Sangue”.

O evento acontece quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham, fazendo com que a sombra terrestre cubra completamente o satélite natural. A coloração vermelha surge porque a luz solar, ao atravessar a atmosfera terrestre, sofre um processo chamado Dispersão de Rayleigh. Isso significa que os raios solares são filtrados pelas partículas de poeira e gases da atmosfera, permitindo que apenas a luz avermelhada atinja a superfície lunar.

Além do Brasil, o eclipse será visível em toda a América do Norte e do Sul. Na Europa Ocidental, a Lua já surgirá no céu parcialmente eclipsada, enquanto na Nova Zelândia o satélite nascerá diretamente na fase de totalidade. Para os observadores brasileiros, o fenômeno terá início às 2h09 (horário de Brasília), quando a Lua começará a escurecer devido ao ingresso na penumbra da Terra. Às 3h26, a totalidade do eclipse se iniciará e se estenderá até 4h31, momento em que a Lua começará a sair da umbra e a recuperar gradualmente sua luminosidade.

No ápice do fenômeno, previsto para às 3h58, a Lua estará completamente imersa na sombra da Terra e adquirirá seu tom avermelhado característico. O eclipse como um todo terá uma duração de aproximadamente seis horas, desde o primeiro contato com a penumbra até o retorno total da luminosidade do satélite. A fase de totalidade, na qual a Lua estará completamente eclipsada, durará cerca de 65 minutos.

O evento poderá ser observado sem a necessidade de equipamentos especiais. No entanto, a Nasa recomenda o uso de binóculos ou telescópios para uma experiência mais detalhada, permitindo uma visão mais nítida da superfície lunar e da intensidade da coloração vermelha. Além disso, locais afastados da poluição luminosa das grandes cidades oferecem melhores condições para a observação do fenômeno.

Os eclipses lunares são classificados em três tipos: penumbral, parcial e total. O penumbral ocorre quando a Lua passa apenas pela região mais externa da sombra da Terra, resultando em um leve escurecimento. No eclipse parcial, apenas uma parte da Lua é coberta pela sombra mais escura do planeta. Já o eclipse total, como o que será visto na sexta-feira, ocorre quando o satélite fica inteiramente imerso na umbra da Terra, proporcionando o espetáculo da “Lua de Sangue”.

Segundo astrônomos, a intensidade da cor avermelhada da Lua durante um eclipse total pode variar conforme as condições atmosféricas. A presença de poeira vulcânica, poluição ou nuvens pode intensificar ou suavizar a tonalidade. “É como se todos os amanheceres e entardeceres do mundo fossem projetados na Lua”, explica a Nasa sobre o efeito da Dispersão de Rayleigh.

Eclipses lunares totais são eventos previsíveis, mas não ocorrem com tanta frequência. O último fenômeno desse tipo ocorreu em novembro de 2022, e o próximo só acontecerá em março de 2026. Por isso, a madrugada de sexta-feira será uma oportunidade única para os entusiastas da astronomia e para qualquer pessoa que queira testemunhar um espetáculo natural impressionante.

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