Lançada Política Distrital para Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA

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Nesta terça-feira (11), a Política Distrital para Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA foi apresentada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por meio da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos (Dieja), no auditório da Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais de Educação (Eape), para diversos coordenadores regionais de ensino, professores, gestores, orientadores e até mesmo estudantes do segmento.

Participaram do evento a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a subsecretária de Educação Básica, Iêdes Braga, a diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do Ministério da Educação, Ana Lucia Sanches, o professor do Centro Educacional (CED) 04 do Guará, Alessandro Reis e a estudante da EJA e egressa do programa DF Alfabetizado, Maria dos Remédios da Silva.

Essa política veio ao encontro do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA, lançado pelo Ministério da Educação, em 2024. Só na rede pública do DF, 105 unidades escolares da rede pública ofertam EJA por meio das 14 Coordenações Regionais de Ensino. Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a política que a SEEDF adota não é de fechamento das escolas, mas sim de inclusão, alcançando dessa forma 1,7% da população do DF que ainda se encontra em situação de analfabetismo, conforme a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2024.

“O objetivo dessa Política é tornar o DF livre do analfabetismo, valorizar os profissionais da educação que atuam nessa modalidade e assegurar uma educação de qualidade, pois a EJA é muito diversa. Até o momento, temos 20 mil estudantes matriculados, sendo que nossa matrícula pode ser a qualquer tempo, além de 48 turmas do Programa DF Alfabetizado abertas só neste primeiro semestre, com perspectiva de abertura de mais 200 turmas. Além de uma ampliação de 40% da oferta educacional do sistema prisional, saímos de 8º lugar para o 3º e queremos chegar ao 1º lugar”.

Com a meta de erradicar o analfabetismo no Distrito Federal, a Secretaria tem investido em diversos programas e parcerias para zerar esse número. A subsecretária de Educação, Iêdes Braga, ressaltou a importância de dar visibilidade aos alunos da EJA.

A estudante da EJA, do CEF 01 do Paranoá, Maria dos Remédios compartilhou sua história com o público

“A Educação de Jovens e Adultos precisa ser também prioridade. Nós temos, dentro da Subsecretaria de Educação Básica, o compromisso de trabalhar pela EJA, porque é uma população que não pode ser invisibilizada. De agosto para cá, só no programa Pé-de-Meia EJA, atendemos 2.846 estudantes. E nós vamos seguir juntos com esse desafio de transformar a educação no DF na melhor educação pública do país, em todos os limites, etapas e modalidades de ensino”, disse.

Conquista

Para representar os estudantes da EJA, o evento contou com a presença de Maria dos Remédios da Silva, uma piauiense de 47 anos, aluna do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 do Paranoá. Ela compartilhou sua história com os presentes. “Quando cheguei em Brasília, eu não sabia assinar nem meu nome. Fiquei assustada, cidade muito grande, então eu pensei: meu Deus, o que eu vim fazer aqui se eu não sei assinar o nome? Depois que comecei a estudar, a primeira coisa que li na minha vida foi “Sobradinho”, lá na Rodoviária do Plano. Hoje sei ler, escrever, estou muito feliz e pretendo continuar até me formar”.

A diretora da Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Sena, explicou um pouco mais sobre o planejamento até 2026

Outro personagem essencial no combate à erradicação do analfabetismo é o docente. Para representar a categoria de magistério, o professor de biologia e ciências do CED 04 do Guará, Alessandro Reis, foi o convidado da noite. “É um momento incrível que nós temos atualmente, pois lutamos durante muito tempo por uma representação eficaz na EJA. Sou de uma época em que não tinha lanche para os estudantes à noite, não havia verba, mas hoje há um lanche noturno tão bom quanto o diurno”, relatou.

Programas

Durante a apresentação, a diretora da Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Sena, esclareceu que existem diversos programas distritais e nacionais que contribuem para a EJA, são eles o FUNDEB; EJA Integrada à Educação Profissional e Técnica (EPT); PBA/DF Alfabetizado; Projovem Urbano e Campo; Saberes da Terra; Pé-de-Meia EJA; além de chamadas públicas.

Lilian também destacou o ProfsEJA, um programa de formação continuada e em serviço dos profissionais da Educação de Jovens e Adultos. “Dia 27 de fevereiro encerraram-se as inscrições e nós tivemos cerca de 1.600, então isso também é um marco para a EJA”, revelou.

*Com informações da Agência Brasília

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