Irmã denuncia prisão de cidadão franco-americano na Venezuela

“Não fez nada de ruim, não é um ativista político, não tem filiação militar… Estava apenas no local errado, no momento errado”, disse Sophie. “Não temos nenhuma prova de vida (…) Nem as autoridades francesas, nem as americanas, sabem onde ele está.”

Segundo Sophie, Hunter foi preso em 7 de janeiro, na fronteira entre Colômbia e Venezuela, quando viajava para praticar kitesurf. Quando ele percebeu que se aproximava da fronteira, “virou-se para ir embora, mas foi detido por agentes venezuelanos, que cruzaram a Colômbia para prendê-lo”, relatou a família, em um site criado para divulgar o caso.

Um dia após a prisão, Hunter enviou uma mensagem dizendo que esperava ser libertado em breve. “Desde então, não soubemos de mais nada”, disse Sophie, que foi informada na semana passada que seu irmão constava de uma lista de americanos que Washington considera que estão “presos injustamente” na Venezuela.

Hunter, que trabalhava com finanças em Londres, tornou-se um alvo “por causa do seu passaporte americano”, considerou Sophie. No fim de janeiro, o enviado especial do presidente Donald Trump retornou para o país com seis americanos que estavam presos na Venezuela.

Segundo a ONG Foro Penal, sediada em Caracas, pelo menos cinco americanos, incluindo um franco-americano, estavam presos na Venezuela no começo de março, de um total de 66 “presos políticos” estrangeiros.

© Agence France-Presse

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