Elas vivem na Bahia

A Bahia reduziu em 30% o número de casos de violência contra as mulheres em 2024, em volume comparado ao ano anterior, na estatística divulgada pela Rede de Observatórios de Segurança.O método escolhido foi o de coleta de dados obtidos no trabalho de monitoramento dos conteúdos distribuídos pela mídia convencional, portanto, levou em alta conta as narrativas dos jornalistas.Dos textos apurados, em 2023, foram 368 menções a episódios violentos, enquanto o ano passado, 257, com boa chance de ter baixado a centena por conta das ações de prevenção em vez de esperar acontecer o pior.O resultado é para ser comemorado, pois o feito dos baianos e das baianas tornou-se exceção a ser copiada em alcance nacional quando se coteja com outros estados, conforme a condução da enquete.Os dados compilados e depois analisados criticamente integram o boletim Elas Vivem, sugerindo o bom presságio a alta probabilidade de êxito do sucesso de políticas públicas preventivas e de proteção.Vale lembrar, no entanto, a continuação da luta enquanto houver uma só mulher agredida ou ameaçada, pois o contexto continua preocupante, mas com variável modificada para melhor: as denúncias têm aumentado.Não é um detalhe qualquer pois pode sinalizar a confiabilidade nos órgãos de segurança, representados pelo Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher e 22 delegacias especiais de atendimento à mulher.Outro item citado por lideranças e especialistas foi o funcionamento da Casa da Mulher Brasileira, articulando toda a rede num só endereço, vizinho ao Hospital Sarah, no trecho pouco antes da Avenida Paralela.Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Batalhão Maria da Penha e serviços de apoio psicossocial também compõem a linha de frente para inibir as agressões.Além do entrosamento das forças repressivas, outra hipótese para a queda das notícias de agressões diz respeito à suposta orientação de vítimas e algozes por meio de campanhas massivas de apelo pacifista.
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