Para onde nos levaram tantas revoluções?

Primeiro veio a Primavera Árabe. A ela seguiram-se revoltas, revoluções e protestos em muitos outros lugares do planeta, inclusive no Brasil. Mas o que ficou de tanta mobilização e de tanta manifestação de insatisfação ou de vontade de mudança? Ou mudou algo para melhor mesmo? São questões que nos coloca o livro A década da revolução perdida, do jornalista norte-americano Vincent Bevins, de 40 anos, que acaba de ser lançado pela Boitempo, em 339 páginas, a R$ 93,00.

A obra é uma contribuição oportuna e valiosa no sentido de resgatar acontecimentos recentes, de pouco mais de uma década atrás, e que no entanto já parecem perdidos, soterrados, em meio a nossa desmemória provocada pela enxurrada de nulidades das redes sociais. Milhares de pessoas saíram às ruas mundo afora para, basicamente, mudar o mundo. E o intuito de mudá-lo certamente era no propósito de que fosse para melhor. Será mesmo que o objetivo foi alcançado?

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Quando o Movimento Passe Livre se impôs, em 2013, em São Paulo, Bevins residia no Brasil, como correspondente internacional do Los Angeles Times. Assim, ele foi testemunha das manifestações que tomaram conta de várias cidades brasileiras. Logo adiante, ele esteve no Sudeste Asiático como correspondente do The Washington Post, e também investigou acontecimentos similares em locais como Ucrânia, Hong King, Egito e Chile. De certo modo, o desencanto e a apatia que hoje dominam o coletivo parecem ser uma derivação dessas revoluções recentes.

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