Obras do BRT são retomadas em Cuiabá, mas trecho central será retirado do projeto


A retomada do projeto ocorrerá em trechos essenciais para a operação do BRT, segundo a Sinfra. Obras BRT em Cuiabá foram retomadas para trecho na Avenida do CPA, porém, o restante do projeto será executado a partir de uma nova licitação
Marcos Vergueiro/ Secom-MT
As obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) foram retomadas em Cuiabá, porém, o trecho central foi retirado do projeto, segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra). A decisão foi informada durante uma audiência realizada na Assembleia Legislativa (ALMT), nesta segunda-feira (17).
O trecho que passaria pela Avenida Getúlio Vargas e Isaac Póvoas foi retirado do projeto, pois, segundo a Sinfra, “a retomada do projeto ocorrerá em trechos essenciais para a operação do BRT”.
Para dar continuidade com a execução das obras do BRT, a Sinfra informou que pretende fazer a contratação em lotes, mas ainda não há data definida para abertura de novas licitações.
A construção não realizada pelo Consórcio BRT, que deve ter o contrato rompido após cumprir acordo com o Governo, será licitada em três lotes, da seguinte forma:
1° trecho: da ponte do Rio Cuiabá até a altura do Conselho Regional e Arquitetura (Crea), na Avenida do CPA;
2° trecho, da Defensoria Pública, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça até o viaduto da Secretaria da Fazenda (Sefaz);
3° trecho: Toda a região do Bairro Coxipó.
O projeto prevê a construção de uma estação da região do Morro da Luz, na Avenida Prainha, onde, de acordo com a Sinfra, já foram feitas desapropriações.
Na audiência, foi informado que até o momento, o Estado já pagou mais de R$ 117 milhões ao Consórcio BRT, que deve concluir até meados deste ano o trecho entre o Crea e o Hospital do Câncer, na Avenida do CPA, em Cuiabá.
Durante a audiência, o secretário Marcelo Oliveira explicou que todo o BRT já foi licenciado, mas ainda faltam os alvarás da Prefeitura de Cuiabá, que não concedeu na gestão passada, e, por isso, será feito um novo pedido.
As obras retomadas na última terça-feira (12).
Pelo acordo firmado com o Governo do estado, o Consórcio responsável pelas obras BRT entre Cuiabá e Várzea Grande, deve cumprir algumas regras, entre elas a destinação de 80% dos valores recebidos como indenização para quitar débitos com fornecedores locais.
Também terá que apresentar todos os documentos dos projetos que já foram executados e não poderá participar de nenhum processo licitatório para obras em Mato Grosso pelo período de um ano.
Esse acordo aguarda a análise do Tribunal de Contas de Mato Grosso. No entanto, o documento estabeleceu compromissos para serem cumpridos pela empresa em até 150 dias.
História se repete
Transportes foram vendidos por R$ 793,7 milhões
Essa é a segunda vez que o Governo do Estado tenta implementar um novo modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande. A principio, seria implementado o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
As obras do projeto de implantação do VLT custaram mais de R$ 1 bilhão para os cofres públicos do estado e foram marcadas por corrupção e entraves judiciais.
Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo Ônibus de Transporte Rápido (BRT).
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