Câncer colorretal: quase 2 milhões de novos casos são diagnosticados anualmente no mundo

cancer do colorretal foto ebserh

A campanha Março Azul-Marinho visa conscientizar a população sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo de neoplasia (tumor) mais frequente no mundo e o segundo que mais mata: 900 mil mortes por ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1,9 milhão de novos casos são diagnosticados anualmente.

Apesar do cenário, o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Gustavo Ribas, ressalta que a doença pode ser evitada. “A prevenção atinge até 40% de redução do risco de óbito nos pacientes diagnosticados precocemente com esse tipo de câncer”, afirma.

Dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que, em 2023, o Distrito Federal registrou 710 novos casos da doença, com uma taxa de 22,5 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, o número estimado de casos é de 45,6 mil neste ano.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer colorretal ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no País. Como o nome sugere, a região afetada compreende o cólon e o reto, situados na parte final do intestino grosso.

Praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada são, segundo Ribas, fundamentais para impedir a ocorrência de neoplasias em geral. O especialista da SES-DF também recomenda realizar consultas médicas de rotina – para localizar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência e marcar uma visita, basta acessar o Portal InfoSaúde e digitar o CEP.

Sintomas

Em seu início, a doença pode não apresentar sintomas. No entanto, deve-se estar atento aos seguintes sinais: presença de sangue nas fezes, cólica e desconforto em diferentes locais do abdômen ou em todo o abdômen, dores ao evacuar, alteração do hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), falta de apetite, anemia e perda de peso inexplicável, sem uma causa aparente.

Grupos de risco

Alguns dos principais fatores de risco são: idade acima de 50 anos, sedentarismo, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade), abuso de álcool, tabagismo e maus hábitos alimentares – como o baixo consumo de fibras (verduras, leguminosas e frutas) e uma alta ingestão de carnes processadas, comumente conhecidas como embutidos (salsicha, bacon, presunto e peito de peru, por exemplo). Comer carne vermelha em excesso – mais de 500 gramas por semana – é outro motivo atribuído a maiores chances de desenvolver o câncer colorretal.

A probabilidade é mais alta também em pacientes com histórico familiar de câncer colorretal, ou que já tiveram câncer de intestino, ovário, útero ou mama. São mais suscetíveis, ainda, pessoas com síndromes inflamatórias do intestino (como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn) há mais de dez anos, ou que tenham certas doenças hereditárias, tais como a polipose adenomatosa familiar (FAP) e o câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC).

Outro fator de risco consiste na exposição ocupacional à radiação ionizante (como raios-X e gama). Nesse sentido, profissionais da radiologia médica, forense e industrial, por exemplo, devem ter cuidados redobrados ao exercer suas atividades e realizar exames de rotina com mais frequência

*Com informações da Secretaria de Saúde l (SES-DF)

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