Comércio começa a entrar no clima da Páscoa em Santa Cruz; confira novidades

Passado o Carnaval, o clima de Páscoa começa a fazer parte do dia a dia. Faltando pouco mais de um mês, o comércio dá início aos preparativos para uma das principais datas do calendário de vendas. Expositores e gôndolas recebem itens como peças decorativas, enfeites e doces para a data, que neste ano será celebrada no dia 20 de abril. 

As vendas ainda devem ganhar força nas próximas semanas, assim como a oferta, principalmente, de produtos comestíveis. Mas enquanto isso, tem quem já iniciou a exposição de objetos de decoração em fevereiro. Na loja Oba Oba Decobazar, do Centro de Santa Cruz, a Páscoa começou a aparecer em fevereiro, quando as prateleiras receberam as primeiras peças temáticas. São objetos como coelhos, ovos, guirlandas, almofadas e flores que, segundo a proprietária Marilene Aguiar Pacce, são buscados pelos clientes para complementar a decoração. Mesmo que as vendas ainda estejam lentas, ela adianta que a expectativa é boa. “É a partir desta segunda quinzena de março que as vendas vão aumentar, pois neste ano começa mais tarde em função da Páscoa ser bem mais tarde. Mas acredito que as vendas superem as do ano passado”, enfatiza.

Produtos para crianças trazem novidades

Os ovos com itens adicionais seguem como uma das tendências para fortalecer as vendas. Na Brasil Cacau de Santa Cruz, a sócia-proprietária Denise Cristina de Souza destaca algumas novidades que devem chamar atenção dos clientes.

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“A linha infantil sempre faz sucesso, pois a data é muito significativa para as crianças, que são presenteadas com chocolate e com mais algum complemento. Temos, por exemplo, pantufas da Patrulha Canina e todo o portfólio da Liga da Justiça, como mochilas, copos e bonecos colecionáveis.” Mas Denise reforça que os ovos trufados também agradam ao paladar dos consumidores adultos.

Apesar do recente aumento no preço de ingredientes como amêndoas e cacau, as vendas não devem sofrer grandes impactos. Segundo o sócio-proprietário da Brasil Cacau, Rafael de Souza Lau, as indústrias absorveram boa parte desse aumento. Com isso, a estimativa é por um acréscimo na faixa de 5% nos itens em relação à Páscoa de 2024.

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Artesanal

A produção de doces caseiros também está em andamento, pelo menos na agroindústria de panificação de Leonici Sehn, 55 anos. Moradora da Travessa Dona Leopoldina, em Linha João Alves, ela inicia a fabricação e venda de cri-cri logo após o Carnaval. Nici, como é conhecida, explica que coloca à venda dois tipos: o tradicional amendoim com açúcar – que oferece tanto em pote solto como pronto nas casquinhas – e o torrado, que segundo ela é mais durável.

Na sua banca na Feira Rural do Parque da Oktoberfest, o cliente também encontra as casquinhas de ovos recheadas com o doce ou apenas decoradas, vazias. “Em meados de outubro e novembro começo a separar casquinhas. A pintura faço com uma tinta específica para não passar o gosto para o amendoim”, explica ao lembrar que esta tradição começou com sua mãe. “Eu não posso comer, pois sou alérgica ao amendoim. Mas eu sempre fiz para os filhos e só mais nos últimos anos que comecei a vender. Hoje minha filha Cristiane me auxilia na produção.” Nici ressalta que a expectativa é por mais uma vez alcançar uma venda expressiva. “No ano passado vendi 600 casquinhas. No anterior, foram mil unidades.”

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A produção artesanal de ovos de colher também é uma das opções que faz sucesso nesta época do ano. A alternativa será colocada à disposição dos clientes do Supermercado Miller, que a partir de sábado já receberá encomendas pelo telefone de cada unidade. A produção é própria, do departamento de confeitaria do supermercado. Além desta, outra opção disponível e que começou a ser exposta nessa segunda-feira, 17, nas cinco unidades são os ovos em chocolate de diversas marcas e tamanhos. Segundo a direção do estabelecimento, a montagem e venda dos produtos de Páscoa sempre inicia um mês antes da data. Para 2025, a expectativa é, a exemplo de anos anteriores, que os ovos de personagens sejam os mais procurados.

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Vendas

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz e Região (Sindilojas-VRP), a Páscoa não deve se refletir apenas na venda de chocolates e nos segmentos de bazares e supermercados, mas também na de setores como vestuário, calçados e acessórios. 

“O volume maior é de venda de doces e produtos relacionados à celebração de Páscoa, como pescados e outros produtos de supermercado. No entanto, precisamos entender que estamos em período de troca de estação”, salienta o presidente da entidade, Mauro Spode. Ele lembra que o clima já mudou e que a tendência de dias mais amenos e até frios pode trazer retorno aos negócios. O dirigente ressalta, por exemplo, que segmentos como o de vestuário, calçados e assessórios costumam ser beneficiados com a melhora nas vendas.

Uma pesquisa feita pela rede de parceiras Sindilojas-VRP revela que a grande maioria dos consumidores (48,7%) irá presentear com chocolates. O valor gasto em média deve ficar na casa dos R$ 200,00. No entanto, alguns fatores podem interferir no crescimento. Na lista, segundo especialistas do setor, aparece a enchente do ano passado, que abalou as vendas em diferentes ramos. Outro aspecto que pode se refletir no resultado, conforme as entidades ligadas ao consumo, é a taxa de inadimplência dos primeiros meses de 2025.

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