CADERNO AGRO TECH
para a matéria sobre Silvicultura, do caderno Agro Tech.
Na foto: Veracel-Monitoramentos-de-Sanidade-Uso-do-Sistema-Prodfy-Site
Foto: Divulgação/Abaf
| Foto: Divulgação/Abaf
FiscalizaçãoDe acordo com o secretário da da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Wallison Oliveira (Tum), empresas como a Suzano monitoram cerca de 420 mil hectares na Bahia. “Ao longo dos próximos meses, a empresa projeta instalar novas torres de monitoramento, ampliando a eficiência e a cobertura da área florestal monitorada”, revela, acrescentando que a Seagri lançou o Plano Operacional do ABC+Bahia, que promove produção sustentável comuso de tecnologias como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e sistemas de irrigação.O ILPF tem ganhado destaque por integrar atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área, fomentando a produção sustentável. O pesquisador da Embrapa, José Henrique Rangel, explica que a expansão do ILPF no Brasil, que já cobre mais de 18,5 milhões de hectares, tem sido incentivada pelo Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que visa a redução das emissões de gases do efeito estufa. “A adoção de sistemas de ILPF, que têm muita tecnologia envolvida, traz benefícios técnicos e ambientais significativos para o manejo de florestas e áreas agrícolas”, afirma Rangel. O sistema, segundo ele, melhora atributos do solo e eleva a resiliência do ecossistema, mitigando impactos de eventos climáticos extremos.De acordo com o pesquisador, a integração com florestas também minimiza a incidência de doenças e plantas invasoras, além de melhorar o conforto térmico para animais. “Otimiza o uso de insumos, eleva a eficiência energética e permite aplicação em propriedades rurais de diferentes portes”, lista. Para ele, a Bahia, ao adotar essas práticas inovadoras, se posiciona na vanguarda do uso de tecnologias para promover o desenvolvimento sustentável, alinhando produção florestal e preservação ambiental.Rangel destaca que essas transformações mostram que a silvicultura baiana tem potencial para se tornar uma referência global em práticas de manejo sustentável. Assim, o uso de tecnologias como IA, drones e sistemas de geolocalização, aliado a iniciativas como o mosaico florestal e o ILPF, oferece soluções que reduzem os impactos ambientais e aumentam a produtividade das florestas. “A Bahia, com sua grande diversidade natural e capacidade de adaptação, segue liderando o caminho para um agronegócio mais sustentável e inovador no Brasil”, constata.
Mosaicos florestais mantém áreas preservadas envolta de plantio de eucalipto
| Foto: Divulgação/Veracel Celulose
Veracel investe na inovaçãoNo Extremo Sul da Bahia, onde a silvicultura se consolida como um dos motores econômicos, a Veracel Celulose, que completou 33 anos em 2024, se destaca pelo uso intensivo de tecnologia para aprimorar a produção de eucalipto de forma sustentável. Fruto da joint venture entre a brasileira Suzano e a sueco-finlandesa Stora Enso, a empresa alia – segundo o seu diretor de Operações Florestais, Marcio Veiga (foto) – inovação e compromisso ambiental para garantir eficiência e preservação da biodiversidade local. “A base disso é o monitoramento remoto das plantações, realizado por meio de imagens de satélite, drones e sensores de alta precisão. Com essas ferramentas, a Veracel consegue acompanhar o desenvolvimento das florestas plantadas em tempo real, identificando padrões de crescimento e possíveis deficiências nutricionais”, explica. A abordagem permite intervenções rápidas e estratégicas, reduzindo a necessidade de defesas agrícolas e aprimorando a produção. “Sensores nas áreas de plantio captam dados sobre a umidade do solo, a temperatura e a incidência solar, permitindo um planejamento mais preciso.Com o apoio de softwares de análise, a Veracel consegue otimizar o uso de insumos agrícolas, reduzindo desperdícios e impactos ambientais, sem comprometer a produtividade”, observa. Ao adotar o mosaico florestal, que intercala plantios de eucalipto com reservas nativas, a empresa preserva mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica. “Investimos em inovação genética para desenvolver variedades resistentes a pragas”, conclui Veiga.