McGregor quer ser presidente da Irlanda; e Messi poderia ter derrotado Milei no 1º turno

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A política mundial tem visto cada vez mais figuras fora do meio tradicional conquistando espaço em eleições. No Brasil, ex-atletas como Romário e Bebeto já se aventuraram na política. Nos Estados Unidos, Arnold Schwarzenegger foi governador da Califórnia, e na Ucrânia, o ex-humorista Volodymyr Zelensky virou presidente. Agora, na Irlanda, o astro do MMA Conor McGregor surpreendeu ao anunciar sua intenção de disputar a presidência do país nas eleições de 2025.

Em uma publicação na rede social ‘X’, McGregor criticou o governo atual e prometeu submeter a referendo popular a implementação do Pacto de Migração da União Europeia, uma das questões mais debatidas na política irlandesa. O lutador se colocou como uma alternativa de oposição ao primeiro-ministro Leo Varadkar, sugerindo que sua candidatura traria a resistência necessária contra o projeto. “Quem mais vai se levantar contra o governo e se opor a este projeto? Qualquer outro candidato que tentarem apresentar não oferecerá resistência. Eu vou!”, declarou.

A ascensão de ícones populares à política não é um fenômeno exclusivo da Irlanda. Na Argentina, antes das eleições de 2023, uma pesquisa revelou que Lionel Messi teria potencial para derrotar Javier Milei no primeiro turno, caso se candidatasse. O levantamento, realizado meses antes da eleição, mostrou que o craque do futebol, maior ídolo da história do país, teria apoio suficiente para vencer de forma avassaladora.

Isso levanta uma questão interessante: até que ponto o carisma e a idolatria conquistados no esporte podem ser traduzidos em sucesso político? Se Messi, um nome respeitado e admirado internacionalmente, poderia ter sido eleito presidente da Argentina, será que McGregor tem chances reais na Irlanda?

A vantagem de figuras como McGregor e Messi é a popularidade inquestionável. Esses ídolos acumulam milhões de fãs, são reconhecidos por seu talento e dedicação em suas áreas, e muitas vezes representam valores de disciplina, superação e patriotismo. No entanto, a transição para a política exige mais do que fama: é preciso conhecimento, equipe qualificada e propostas concretas.

Muitos ídolos populares acabam decepcionando quando se aventuram na política.

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A coluna Futebol Etc na edição impressa do Jornal de Brasília, nesta segunda-feira (24/3)
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