Justiça da Coreia do Sul confirma impeachment do presidente Yoon Suk Yeol

A Corte Constitucional da Coreia do Sul confirmou nesta sexta-feira, 4, pelo horário local, o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, que perde o mandato oficialmente. A decisão unânime dos juízes ocorre após Yoon ter decretado lei marcial, restringindo direitos civis e fechando o parlamento – medida que foi derrubada horas depois.

Com a destituição de Yoon Suk Yeol, a Coreia do Sul realizará novas eleições presidenciais em 60 dias, conforme prevê a Constituição. Até a posse do novo chefe de Estado, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume como presidente interino.

Segundo a agência de notícias Reuters, a decisão do Tribunal Constitucional foi baseada no entendimento de que Yoon violou sua função ao tomar medidas que ultrapassaram seus poderes presidenciais. O presidente interino da Corte, Moon Hyung-bae, declarou que as ações de Yoon representaram um grave ataque à democracia e causaram instabilidade social, econômica e política no país.

A decisão gerou forte comoção entre manifestantes que pediam a destituição de Yoon. Milhares de pessoas reunidas nas ruas comemoraram a decisão, gritando “Vencemos!”. Entre os protestos, um manifestante foi preso por depredar um ônibus policial.

O agora ex-presidente se pronunciou após a decisão: “Me desculpem por não corresponder às suas expectativas. Sempre rezarei pelo povo da Coreia do Sul.”

O processo de impeachment contra Yoon Suk Yeol começou em dezembro de 2024, quando o Congresso aprovou a abertura do processo. Em janeiro deste ano, ele foi indiciado por insurreição, crime que pode levar à prisão perpétua ou pena de morte, embora execuções não sejam realizadas há décadas na Coreia do Sul.

O ex-presidente chegou a ser preso em janeiro, mas foi libertado em março. Durante seu julgamento, Yoon e sua defesa alegaram que a lei marcial decretada não era uma imposição definitiva, mas sim um aviso para conter a crise política no país.

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