As pesquisas feitas até agora localmente e mesmo ao nível nacional tiveram também o condão de fortalecer a disputa entre as forças de esquerda do Distrito Federal pela indicação do nome que enfrentará os nomes de direita – certamente Celina Leão e talvez Izalci Lucas – na disputa pelo Buriti.
É que o candidato derrotado em 2022, Leandro Grass, ficou em terceiro lugar, mas muito próximo ao segundo, o senador Izalci. Sente-se, assim, mais vitaminado para buscar nova chance.

E ficou muito à frente do que aparece hoje como principal alternativa a seu nome, o ex-interventor no badernaço de 8 de setembro, Ricardo Cappelli, que está no interior do governo Lula e tenta colocar-se como nome abençoado pelo presidente.
Um problema adicional é que Grass é do PV e Cappelli, do PSB. Pode ser difícil dizer quem está à esquerda de quem, mas essa divisão estimula o PT, de longe o maior partido da coligação, a exigir para si a cabeça de chapa.

Já tem nomes colocados, como do ex-deputado Geraldo Magela, mesmo com resistências internas. Tudo isso indica uma guerra ainda maior numa frente que até já realizou reuniões, mas entrou em clima de hibernação.
PT faz reuniões regionais

Capitaneado por Geraldo Magela, cada vez mais candidato a governador, o PT brasiliense começou a organizar reuniões nas cidades do Distrito Federal. O mote é um só: “Lula no Planalto, PT no Buriti”.
A primeira dessas reuniões foi em Ceilândia e Magela conseguiu levar o veterano distrital Chico Vigilante, que não é seu maior aliado dentro do partido.