Coxinha, demora no socorro, limpeza de vestígios: como marido de professora que morreu envenenada virou principal suspeito do crime


Segunda polícia, marido teria colocado veneno na coxinha e oferecido para esposa. Homem foi preso preventivamente. Joice dos Santos Silva Cirino mulher morreu envenenada coxinha alagoas
Arquivo pessoal
Durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (18), o delegado Rômulo Andrade apontou indícios que colocaram o marido da professora Joice dos Santos, que morreu no interior de Alagoas após comer coxinha supostamente envenenada, como o principal suspeito do crime.
Para o delegado, vários passos do marido levantaram suspeita. Rômulo Andrade cita que enquanto Joice estava no hospital o esposo, Felippe Silva Cirino, voltou para casa do casal para se livrar das embalagens da coxinha, que ele mesmo havia encomendado para ela.
“Quando a polícia e a perícia chegaram ao local as coxinhas e a embalagem não estavam mais na casa e isso levantou suspeita. Quem foi que ocultou essas coxinhas? Então começamos a olhar o comportamento dele [marido] no momento do socorro. A gente acredita que houve um atraso no socorro. Ela chegou praticamente morta no hospital”.
“A irmã da Joice foi foi para casa dela assim que soube que a irmã passou mal e fotografou a coxinha e a embalagem lá. Mas o marido, enquanto a esposa estava em um hospital, pede para uma vizinha acompanhar a esposa enquanto ele ia voltar para casa. Isso levantou muita suspeita. O que ele foi fazer em casa enquanto a esposa estava morrendo? A polícia acredita que ele volta para casa e se desfaz do praguicida e das coxinhas que seriam periciadas”, disse o delegado.
O delegado diz que além de se desfazer das coxinhas, o marido teve um comportamento atípico quando soube da morte da esposa. O g1 AL tenta contato com a defesa dele.
“Assim que ele foi avisado que a esposa dele tinha morrido ele disse que ia para casa para descansar”, afirmou o delegado.
Nesta sexta-feira (18), a Polícia Científica de Alagoas confirmou que Joice dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, morreu envenenada. Segundo os peritos, foram encontradas duas substâncias altamente tóxicas no corpo da professora, pesticida e raticida.
O marido foi preso preventivamente e negou o crime. Relatos de familiares apontam que Joice vivia um relacionamento abusivo e que temia ser envenenada. O casal estava em processo de separação.
Maria Luana Alves, irmã de Joice, disse que ela alertou a família por meio de áudios e de fotos de que temia comer alguma comida envenenada pelo companheiro.
Segundo a Polícia Civil, o casal brigava e reatava praticamente todos os dias. As provas apresentadas pela família foram anexadas aos autos da investigação.
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