Cientistas planejam reviver espécies extintas até 2030; entenda

Pesquisadores estão empenhados em trazer espécies extintas de volta à vida, explorando um campo inovador da ciência: a desextinção. Este processo ambicioso visa recriar animais como o mamute-lanoso, o lobo-da-tasmânia e o dodô.

De um lado, defensores afirmam que o retorno de tais espécies representa um marco científico que poderia ajudar a frear a extinção em massa. Do outro, críticos apontam para as possíveis implicações éticas e para os custos que poderiam ser direcionados à preservação das espécies atuais.

Duas das principais organizações à frente da desextinção são a Revive & Restore e a Colossal Biosciences, com diferentes métodos e cronogramas. A Revive & Restore, por exemplo, planeja reintroduzir pombos-passageiros a partir de 2030 e já obteve avanços clonando doninhas-de-patas-pretas, uma espécie com alta vulnerabilidade genética.

A Colossal Biosciences, por sua vez, espera criar um embrião de mamute até 2028, aplicando edição genética em células de elefantes para incluir características genéticas dos mamutes.

Enquanto a desextinção promete avanços, críticos argumentam que os recursos investidos poderiam ser mais bem aplicados na proteção de espécies atuais em risco de extinção. Segundo especialistas, há preocupações sobre como as espécies extintas interagiriam com o ecossistema atual, que evoluiu muito desde sua extinção.

Além disso, desafios científicos persistem: a falta de genomas completos e a baixa taxa de sucesso nos experimentos com clonagem evidenciam as dificuldades do processo. Apesar dos progressos, a ciência ainda enfrenta barreiras para “ressuscitar” espécies extintas.

Os estudos realizados até agora foram principalmente voltados à genética e clonagem experimental, com resultados que ainda não permitiram a recriação completa de espécies. A ideia, embora fascinante, está em um estágio experimental, sem garantias de que esses animais revividos terão um impacto positivo ou que se integrarão aos ecossistemas modernos.

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