Inadimplência de aluguel no Distrito Federal bate recorde e supera média nacional

A taxa de inadimplência de aluguel no Distrito Federal atingiu 3,48% em janeiro de 2025, o maior índice desde a criação do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, em outubro de 2023. O número representa um aumento de 0,69 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a taxa era de 2,79%. No comparativo anual, a alta foi ainda maior, subindo 0,79 ponto percentual em relação aos 2,69% registrados em janeiro de 2024. Os dados colocam o DF acima da média nacional, que ficou em 3,44% no mesmo período.

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Alta de 0,69 ponto percentual em janeiro coloca o Distrito Federal acima da média nacional, segundo Índice Superlógica

O cenário reflete um movimento mais amplo da região Centro-Oeste, que registrou inadimplência de 3,93%, superando a média nacional. No ranking das regiões do país, o Norte lidera com a maior taxa de inadimplência (6,77%), seguido pelo Nordeste (5,26%), Centro-Oeste (3,93%), Sudeste (3,07%) e Sul (2,77%).

A análise por tipo de imóvel mostra que, no Centro-Oeste, a inadimplência de apartamentos cresceu de 2,66% em dezembro para 2,98% em janeiro, bem acima da média nacional de 2,33%. Já as casas tiveram uma leve redução na taxa, passando de 4,49% para 4,43%, mas ainda assim superando a média nacional de 3,75%. Os imóveis comerciais, por sua vez, registraram taxa de 5,72%, um aumento de 0,38 ponto percentual em relação a dezembro.

O comportamento da inadimplência também varia de acordo com o valor do aluguel. No âmbito nacional, imóveis residenciais com aluguéis acima de R$ 13.000 apresentaram a maior taxa de inadimplência (5,80%), seguidos pelos imóveis de até R$ 1.000 (5,34%). A menor taxa foi registrada na faixa de R$ 2.000 a R$ 3.000 (2,01%). Já nos imóveis comerciais, a inadimplência foi maior na faixa de até R$ 1.000 (6,97%) e menor entre R$ 1.000 e R$ 2.000 (3,92%).

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Apesar dos números elevados, uma pesquisa recente da Serasa, realizada em parceria com a Opinion Box, aponta que 87% dos brasileiros estão mais otimistas em relação às suas finanças para 2025 e acreditam que conseguirão manter as contas em dia. No entanto, especialistas alertam que o impacto da inflação e dos juros elevados ainda pode pesar no orçamento das famílias.

Para Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, a tendência é de estabilização, desde que o cenário econômico não piore. “Com maior controle das finanças, há, sim, uma tendência de manter o pagamento do aluguel em dia, pois a moradia é um item essencial, gerando segurança pessoal. Apesar desse otimismo, as projeções de aumento na inflação e nas taxas de juros precisam ser consideradas, pois ainda devem manter o orçamento das famílias pressionado”, destaca.

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