População brasileira com curso superior chega a 18,4%

A porcentagem da população brasileira com ensino superior completo praticamente triplicou nas duas últimas décadas. A informação integra os novos dados do Censo 2022 sobre educação, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre 2000 e 2022, a proporção das pessoas com 25 anos ou mais de idade com nível superior completo cresceu 2,7 vezes, passando de 6,8% para 18,4%. O aumento é considerado significativo, mas ainda está abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com o relatório Education at a Glance de 2022, essa porcentagem era de 48%.

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“Em 22 anos, tivemos uma evolução surpreendente; o número de pessoas com nível superior completo praticamente triplicou e o número daquelas com Ensino Médio completo chegou a dobrar”, afirmou o pesquisador Bruno Mandelli, do IBGE. “Mas, sim, o grupo dos graduados ainda é minoritário, abaixo dos 20%. No grupo dos mais envelhecidos, o acesso à educação foi mais difícil na juventude; e isso ainda tem um peso considerável na porcentagem final.”

O aumento de brasileiros com ensino superior completo coincide com o período de explosão no número de matrículas na modalidade a distância no Brasil. De acordo com os dados do Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), em 2000 o País tinha 1.682 alunos matriculados no ensino superior na modalidade a distância. Em 2022, o número passou para 4,3 milhões.

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A porcentagem de pessoas formadas em universidade aumentou entre brancos e negros (pretos e pardos), mas ainda há diferenças significativas entre as etnias. Na população preta, o aumento foi de 5,8 vezes no período, saindo de 2,1% para 11,7%. Entre os pardos, o nível cresceu um pouco menos, 5,2 vezes, passando de 2,4% para 12,3%. O maior aumento foi entre os brancos, de 9,9% para 25,8%.

Frequência escolar

A frequência escolar cresceu em todos os grupos etários até os 17 anos de idade. Para as crianças de zero a 3 anos, a taxa de frequência bruta saltou de 9,4% para 33,9%. Dos 4 aos 5 anos, o aumento foi de 51,4% para 86,7%. Dos 6 aos 14 anos, o indicador está bem próximo da universalização, subindo de 93,1% para 98,3%. Finalmente, dos 15 aos 17 anos, a frequência subiu de 77,4% para 85,3%.

A única faixa etária em que foi registrado um recuo na frequência escolar foi a dos 18 ao 24 anos: de 31,3% para 27,7%. De acordo com os pesquisadores do IBGE, o dado não é necessariamente negativo: isso aconteceu porque caiu o número de jovens dessa faixa etária ainda no Ensino Fundamental e Médio.

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De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), a meta para 2016 era universalizar a educação infantil (4 a 5 anos), com pelo menos 50% das crianças de 0 a 3 anos na escola. Outra meta importante era de universalizar o Ensino Fundamental (dos 6 aos 14 anos) e Médio (15 aos 17 anos) e de elevar a taxa bruta de matrículas na educação superior para pelo menos 50%.

Mulheres são maioria entre formados

O número de mulheres com graduação completa já é maior do que o de homens, segundo dados de educação do Censo. De forma geral, em 2022, as mulheres apresentavam em média melhor nível de instrução do que os homens.

Entre aquelas com 25 anos ou mais, 20,7% possuíam nível superior completo, proporção que entre homens da mesma faixa etária era de 15,8%. Já a proporção da população com 25 anos ou mais “sem instrução e fundamental incompleto” era de 37,3% entre os homens e 33,4% entre as mulheres.

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Ainda há variações expressivas, no entanto, entre as áreas de graduação escolhidas por homens e mulheres. Dentre as 40 áreas de formação selecionadas pelo IBGE, a de “Serviço Social” foi a que mais registrou a participação feminina. Em 2022, 93% das pessoas com curso de graduação concluído nessa área eram mulheres.

As mulheres registravam também participação expressiva entre as pessoas com cursos de graduação concluído em outras áreas, como “Enfermagem” (86,3%) e “Formação de professores sem áreas específicas” (92,8%). No polo oposto, no entanto, apenas 7,4% das pessoas com curso de graduação concluído em “Engenharia Mecânica e Metalurgia” eram do sexo feminino.

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Estudo

Um outro indicador usado pelo IBGE, de anos de estudo, também dá vantagem às mulheres. Entre a população com 25 anos ou mais, elas apresentam uma média de anos de estudo (9,8 anos) superior à verificada entre os homens (9,3 anos).

A diferença nesse quesito é mais ampla entre a população de até 49 anos, declinando nas faixas etárias mais avançadas. Quando analisado o público com 80 anos ou mais, os homens chegam a apresentar uma média de anos de estudo (4,9 anos) ligeiramente superior à verificada entre as mulheres (4,8 anos).

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