María Luisa Bombal, a escritora que influenciou Juan Rulfo e, indiretamente, García Márquez

A chilena María Luisa Bombal (1910-1980) é autora de dois romances curtos — novelas — e alguns contos que fizeram sucesso e ainda são lidos com interesse: “A Última Névoa” (Difel, 109 páginas, tradução de Neide T. Maia González) e “Amortalhada”¹ (Difel, 83 páginas, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Alicia Ferrari Del Pardo). Era amiga de Jorge Luis Borges, Pablo Neruda (“A Última Névoa” foi escrito em sua residência), Oliverio Girondo, Norah Lange e Victoria Ocampo.

María Luisa, Juan Rulfo e Gabriel García Márquez são “unidos” por histórias de mortos que caminham por aí, falando entre si e, inclusive, com os vivos, que talvez sejam menos vivos do que parecem.

A prosa de María Luisa influenciou tanto Juan Rulfo, no romance “Pedro Páramo”, quanto García Márquez (por meio do autor mexicano). A escritora ganhou uma biografia que, mesmo não sendo exaustiva, é muito boa: “María Luisa Bombal — El Teatro de los Muertos” (Ediciones Diego Portales, 135 páginas), do chileno Diego Zúñiga. Não há tradução brasileira. O biógrafo enfatiza que “A Arvore” é um “conto perfeito”. “Um dos melhores contos da literatura chilena.” Acrescento: tão belo quanto estranho, lembrando a literatura surrealista. Na sua interação com uma mulher, a árvore não é mas quase é uma personagem. Um prato cheio para, digamos, uma leitura psicanalítica.

María Luisa Bombal: chilena que escreveu uma obra pequena mas importante | Foto: Reprodução

O pai de María Luisa Bombal morreu em 1919, aos 41 anos. Ela, de 9 anos, ficou inconsolável. A sensação de vazio, diz o biógrafo, foi levada para os romances e contos.

Blanca Anthes Precht lia contos Hans Christian Andersen e Grimm para as três filhas, Loreto, Blanca e María Luisa Bombal. As três meninas se tornaram leitoras de autores nórdicos e alemães. Em 1923 a família mudou-se para a Europa.

Adulta, María Luisa Bombal se tornou leitora de Carson McCullers, Willa Carter, Sherwood Anderson, Tennessee Williams (“o mais poético de todos”, dizia).

“Tudo o que acontece nos meus relatos aconteceu ou acontecerá comigo”, escreveu Carson McCullers. O biógrafo diz não saber se a autora chilena conhecia a frase. Mas pensava exatamente como a escritora americana.

Em Paris, matriculada num colégio católico, o Notre Dame de l’Assomption, María Luísa fala francês tão bem quanto uma nativa. Aprendeu a tocar violino (aluna de Jacques Thibaud) e leu, com fervor, Balzac, Flaubert, Stendhal, Prosper Mérimée, Schiller e Goethe. A leitura de “Os Sofrimentos do Jovem Werther” deixou-a siderada.

Na França, trabalhando com a exportação de roupas criadas por Coco Chanel, Lucien Lelong e Jean Patou, Blanca Precht pôde dar uma vida confortável às filhas.

Ricardo Güiraldes e colega de Antonin Artaud

Na capital francesa, María Luisa conhece Ricardo Güiraldes, autor de “Don Segundo Sombra”. O escritor argentino, que “será uma das primeiras pessoas a dizer a María Luisa que deveria se dedicar à escritura”, era amigo de Jorge Luis Borges, Victoria Ocampo e Oliverio Girondo, do Grupo Florida.

Há quem acredite que María Luisa Bombal era argentina. Diego Zúñiga diz que a “Argentina — a literatura argentina, o meio cultural argentino — foi fundamental para a literatura de María Luísa, pois será onde publicará a parte mais importante de sua obra”. Ela viveu seus anos “mais fecundos e inspirados” na terra de Silvina Ocampo, Alfonsina Storni e Aurora Venturini.

Antonin Artaud: colega de Bombal numa escola de teatro experimental | Foto: Reprodução

A leitura de “Victoria”, do norueguês Knut Hamsun, a impactou. “É o único romance de outro autor que eu gostaria de ter escrito”, disse, numa entrevista, María Luisa.

O fato de ter morado muitos anos no exterior e de ter lido mais a literatura global do que a da América Latina, ao menos nos anos formadores, levou María Luisa a se afastar da literatura regionalista (sobretudo, a naturalista, em voga no Chile de seu tempo de jovem) e engajada. Diz-se que o social está fora de sua literatura. De fato, não era de seu interesse. Mas o social está, diluído e sedimentado (nas relações sociais e entre homens e mulheres), nos seus romances. O que não há é discurso político tradicional. A rigor, sua obra é fortemente feminista, e não apenas “feminina”, como ela gostaria que fosse, por assim dizer.

Estudante de Letras na Sorbonne, María Luisa fica em primeiro lugar num concurso de contos.

María Luisa foi colega do dramaturgo Antonin Artaud numa escola experimental de teatro. É uma pena que o biógrafo não tenha se estendido a respeito.

Em 1931, ao descobrir que a filha havia se tornado atriz, a mãe exige que volte para o Chile.

Em Valparaíso, no Chile, María Luisa conhece o engenheiro civil Eulogio Sánchez, homem alto e corpulento (a escritora tinha 1,62m). Era casado, mas não vivia com a mulher. Então, ele e María Luisa (apaixonada) começaram a namorar, de maneira semiclandestina.

O Chile vive, na década de 1930, golpes de Estado, com militares nas ruas. María Luisa, ainda que não se interessasse por política (dizia apreciar uma árvore, um rio, um concerto), participou do movimento para derrubar o ditador Ibánez del Campo.

Pablo Neruda e María Luisa em Buenos Aires

Em Santiago, María Luisa conheceu o poeta Pablo Neruda e a prosadora Marta Brunet, autora do clássico chileno “Montaña Adentro”.

Ao lado de Marta Brunet, María Luisa integrou a Companhia de Dramas e Comédias. Era uma retomada da vida teatral iniciada em Paris.

Com Neruda, María Luisa conversa sobre Verlaine, Baudelaire e Mallarmé. “É a única mulher com a qual se pode falar seriamente de literatura”, disse o bardo (machista, é claro).

O relacionamento com Eulogio Sánchez não vai bem, porque ele não quer divorciar-se da mulher. María Luisa tenta suicidar-se (a história aparece, ficcionada, em “Amortalhada”). Ficou internada um mês, chorando o tempo todo. Sentindo-se culpado, o engenheiro disse que iria se separar. Mas ele acaba desaparecendo.

Pablo Neruda: poeta chileno que ganhou o Nobel de Literatura | Foto: Reprodução

Mais tarde, ao encontrá-lo numa rua, María Luisa saca um revólver e atira em Eulógio Sánchez, que fica ferido, é internado em um hospital, mas não morreu. O escândalo saiu nos jornais e a escritora foi julgada e absolvida pela Justiça.

Nomeado cônsul em Bueno Aires, Neruda, com o apoio de sua mulher, a holandesa Maryka Antonieta Hagenaar, convida María Luisa a visitá-los.

Na capital argentina, María Luisa mora no apartamento de Neruda, na Avenida Corrientes. Torna-se amiga da escritora Norah Lange e do poeta Oliverio Girondo. Conhece a poeta Alfonsina Storni, a quem admirava, e Federico García Lorca. O poeta espanhol estava na Argentina para montar a peça “Bodas de Sangue”.

“García Lorca era encantador, o homem de mais encanto e vitalidade que conheci”, disse María Luisa à entrevistadora Sara Vial, sua amiga.

“Ele [Neruda] me ensinou muito. Mesmo não sendo retórico, me ensinou retórica. Ele criou um idioma que lhe saía da alma. Começou a decair quando permitiu que a política entrasse em sua obra. Com ‘Residencia en la tierra’ eu aprendi muito. Escrevi meu romance ‘A Última Névoa’ na cozinha de sua casa”, relatou a Sara Vial.

Na casa de Neruda, María Luisa e o poeta usavam a mesma mesa para escrever. Ele estava escrevendo a segunda parte de “Residencia en la tierra”, e ela esboçando “La Última Niebla”. O biógrafo sugere que ambos se influenciaram.

Borges destaca força poética da obra de Bombal

Escrevendo com atenção, María Luisa contava a história de mulheres, sobretudo de uma mulher, tão morta quanto o Brás Cubas de Machado de Assis. A “vida viva” é menos interessante que a “vida morta”. A personagem descobre o amor, assim como o prazer sexual, “numa atmosfera onírica, inacessível, brumosa”.

María Luisa Bombal e Jorge Luis Borges: escritores | Foto: Reprodução

“‘A Última Névoa’ é a história de uma voz, de uma mulher casada com um primo que não a ama e que sonha com um amor impossível; uma aventura que a acompanhará como uma recordação feliz até que começa a duvidar se aquela história foi real ou um só um sonho”, anota Diego Zuñiga. O irreal do sonho se torna o real do prazer, digamos assim. A morta vive, ou revive. “O onírico pode ser uma saída possível” às mulheres, registra o biógrafo.

O diplomata Neruda vai para Barcelona. Então, em 1934, María Luisa estreita a amizade com Norah Lange, Oliverio Girondo, na casa de ambos, Leopoldo Marechal, Ricardo Molinari, Alfonso Reyes [diplomata que trabalhou no Brasil] e Jorge Luis Borges. Este era um dos amigos mais próximos.

A amizade com Borges era intensa. Passeavam, iam ao cinema, apreciavam tango. A mãe do escritor, Leonor Acevedo, gostava de recebê-la em sua casa.

Borges aproximou María Luisa dos escritores da “Sur”, dirigida por Victoria Ocampo. Publicou textos na revista. Mais tarde, a Editora Sur publicou o segundo romance da escritora, “Amortalhada”. O contista, poeta e crítico escreveu, positivamente, sobre a prosa da chilena.

Em meados da década de 1930, no apartamento de María Luisa, Borges bateu a cabeça numa janela e houve sangramento intenso. O escritor foi internado e quase morreu de septicemia. Na convalescença, Borges pensou sobre a literatura que vinha escrevendo e deu um cavalo de pau. Aí, talvez seja possível sugerir, nasce ou renasce o notável poeta e prosador.

Diego Zúñiga: escritor e biógrafo chileno | Foto: Reproduçao

Em seguida ao acidente, Borges escreve “Pierre Menard, Autor do Quixote” e vários dos relatos que serão incluídos em “O Jardim das Veredas que se Bifurcam”, a primeira parte de “Ficções” (“seu livro mais importante”, atesta Diego Zúñiga). O escritor tem, pois, uma dívida com María Luisa e, quem sabe, sua janela inspiradora.

A possibilidade morrer, de encurtar a vida, talvez tenha levado Borges a concentrar e refinar sua prosa e sua poesia (e, claro, sua crítica, que, mesmo quando idiossincrática, é muito boa).

A amizade entre María Luisa e Borges arrefeceu quando a prosadora se mudou de Buenos Aires, em 1940. Adolfo Bioy Casares anotou em seus diários um comentário de Borges, depois de visitá-la nos Estados Unidos: “Parece uma boneca e diz coisas incoerentes”. Antes, era um de seus apologetas.

Escrito em 1934, o romance mais conhecido de María Luisa, “A Última Névoa” (uma bela e delicada história de mortos, ou de vivos e mortos) sai na Argentina pela editora F. A. Colombo. O pintor argentino Jorge Larco, cenógrafo de “Bodas de Sangue”, de García Lorca — de quem se tornou amigo — ilustrou a primeira edição do romance. O casal Norah Lange e Oliverio Girondo arranjou a editora. O livro saiu em 1935.

O filólogo e crítico Amado Alonso escreveu, em 1936, um ensaio — publicado na edição brasileira — explicando a “novidade” do romance de María Luisa no contexto da literatura chilena. O livro saiu no Chile pela mítica Editorial Nascimento, em 1941. Sua prosa, afiança o crítico, rompe com o naturalismo. O realismo mágico talvez tenha sido inventado por uma mulher — a grande María Luisa, às vezes esquecida, injustamente. De propósito?

De cara, o perspicaz Amado Alonso notou, na síntese de Diego Zúñiga, os maiores atributos da literatura de María Luisa: “A estranheza, a disrupção e a linguagem entendida como uma arma capaz de romper com o naturalismo chato que reinava então na literatura chilena e, também, em boa parte da América Latina”.

María Luisa deu um “choque” na literatura da América do Sul. Era o novo chegando e pelas mãos de uma mulher.

Pesquisadores acadêmicos pontuam que, “em ‘A Última Névoa’, se escreve e se descreve o primeiro orgasmo feminino narrado por uma mulher na literatura chilena”. Frise-se: o livro foi publicado há 90 anos.

De acordo com Diego Zúñiga, no breve romance [li de uma sentada, num domingo], “a ideia de narrar não significa, necessariamente, avançar. Sua escritura se detém, revoluteia, recua, fixa seu objetivo na paisagem, no espaço, nos detalhes que lhe permitem ingressar na interioridade de suas personagens, naquele intangível que define as vidas que escolheu narrar”.

Trata-se, insiste o biógrafo, “de um romance que provoca uma ruptura, que indaga na interioridade de uma personagem feminina como nenhum narrador chileno havia feito até então” (meados da década de 1930).

Dois críticos chilenos, o mítico Alone (Hernán Diáz Arrieta) e Ricardo A. Latcham alardeiam as qualidades de “A Última Névoa”.

“María Luisa Bombal escreve de dentro e as palavras lhe obedecem. Isto é precioso”, escreveu, no diário chileno “La Nación”, Alone.

A escritora chilena María Flora Yánez seguiu pela toada de Alone: “Ao lê-la, ficamos maravilhadas e perplexas”.

María Luísa influenciou Pedro Páramo de Juan Rulfo

Jorge Larco era homossexual, mas, ainda assim, María Luisa decidiu se casar com o artista plástico, em 1935. A escritora pediu o divórcio dois anos depois. A separação se deu de maneira escandalosa.

Sozinha, retoma as leituras de Sherwood Anderson, Katherine Anne Porter e Selma Lagerlöf (que idolatrava).

Juan Rulfo e sua obra-prima, Pedro Páramo | Fotos: Jornal Opção e Reprodução

Ao se encontrar com Borges, fala que está escrevendo “Amortalhada” (“La Amortajada”): “O relato de uma mulher que, em seu velório, repassa sua vida e a dos que conviveram com ela”. O escritor não se entusiasma. Porém, num artigo publicado na “Sur”, em 1938, recua e diz que o livro o surpreendeu pela qualidade: “Os livros de María Luisa Bombal são essencialmente poéticos. (…) Livro de triste magia, deliberadamente ‘suranée’, livro de organização eficaz oculta, livro que nossa América não esquecerá”.

A crítica literária e ensaísta Aurora Fornoni Bernardini, na apresentação do romance — que tão belamente traduziu —, em 1986, escreve: “A autora soube transmitir com sua arte uma das mais tocantes experiências metafísicas — a da morte —, como não líamos desde Ivan Ilitch de Tolstói”.

“Amortalhada” saiu pela prestigiosa Editora Sur, por decisão de Victoria Ocampo. María Luisa, com apenas 27 anos, era autora de dois romances poderosos.

O editor da revista “Sur”, o escritor José Bianco, se tornou um dos principais amigos de María Luisa. Escreveu sobre ela: “A voz é doce, modulada, e fala um pouco entredentes. Os palavrões e, às vezes, as brutalidades que diz são, nela, um refinamento a mais”.

Num artigo, José Bianco sustenta que “Amortalhada” influenciou o único romance do mexicano Juan Rulfo, “Pedro Páramo”. Também uma história de mortos que circulam e conversam. Em Rulfo fica-se com a impressão não de que os mortos assombram os vivos, mas o contrário.

María Luisa Bombal viveu 69 anos | Foto: Reprodução

Trecho do artigo de José Bianco: “Conversando com um escritor mexicano de grande talento, mais novo do que María Luisa e eu, e autor de uma obra tão curta como admirável, ele me disse, creio recordar, que ‘Amortalhada’ era um livro que o havia impressionado muito em sua juventude. Esse escritor é Juan Rulfo”.

No livro “Había Mucha Neblina o Fumo o no Sé Qué”, dedicado ao mexicano, Cristina Rivera Garza escreveu: “[Rulfo] deve reconhecer uma irmandade secreta entre os mortos de ‘Amortalhada’, esse romance que não se fiava da anedota como centro ineludível da narração, e sim que procedia com extrema liberdade em outros registros da linguagem e do real”.

Diego Zúñiba postula que os vínculos literários entre os dois “romances de fantasmas”, ambos curtos, são, “por momentos, evidentes”.

O jornalista e escritor chileno Waldemar Verdugo Fuentes entrevistou Juan Rulfo para a edição espanhola da revista “Vogue”. “A conheci nos começos da década de 1940”, no México. O escritor está falando de María Luisa.

Juan Rulfo acrescentou: “[María Luisa] Me presenteou com um exemplar de ‘A Última Névoa’, que li numa sentada. Me pareceu um romance maravilhoso, escrito com a simplicidade que é desejável. E o comentei com Efrén Hernández. Também falei dela com José Gorostiza”.

Ao conversar com Juan Rulfo, María Luisa estava acompanhada da atriz Dolores del Río.

Quando publicou “Pedro Páramo”, Juan Rulfo enviou um exemplara para María Luisa. Trocaram cartas.

Juan Rulfo e María Luisa voltaram a se encontrar em Santiago, em 1972. “Recordamos como havíamos nos conhecido, e lhe agradeci sua apreciação de minha obra. Lhe disse que suas páginas haviam inspirado várias ruas de Comala [a cidade do romance “Pedro Páramo”] e ela disse sentir-se honrada”, relata Juan Rulfo.

Juan Forn escreveu sobre a conexão entre María Luisa e Juan Rulfo: “Até nisso se pareciam: escreveram só dois livros. Os dois escreviam pouco e concentrado. Os dois faziam os mortos falarem. Os dois conseguiram o mesmo: um com a névoa e o outro com o calor; os dois bebiam como cossacos. Os dois passaram o resto de suas vidas sem escrever”

Na polêmica biografia “Juan Rulfo — Las Mañas Del Zorro” (Mil Botelhas Editorial, 256 páginas), nas páginas 130 e 131, a ensaísta e pesquisadora Reina Roffé transcreve o que disse o autor de “Pedro Páramo”: “Efrém ficou para sempre enamorado de Dolores del Río e eu da prosa de María Luisa Bombal”.
Juan Rulfo disse que María Luisa era uma “mulher encantadora e muito alegre”.

Entrevistado pela “Vogue”, por Waldemar Verdugo Fuentes, García Márquez, autor do celebrado romance “Cem Anos de Solidão”, disse: “Li a obra de María Luisa Bombal tardiamente. A encontrei, precisamente, ao buscar as leituras e influências de Rulfo. Ela está adiante do que se convencionou chamar de ‘realismo mágico’”.

Reina Roffé aproxima Juan Rulfo, García Márquez e Elena Garro da prosa de María Luisa. A ensaísta diz que a autora chilena “causou um verdadeiro impacto na crítica por seu conteúdo lírico. (…) O caráter fantástico da prosa é sua particularidade mais destacável”. (Primeira parte)

Nota

¹ A edição brasileira de “Amortalhada” contém um artigo de Jorge Luis Borges e uma entrevista de María Luisa Bombal concedida a Lidia Neghme Echeverría e Aurora Fornoni Bernardini, em 1978. “Encontramos a autora num salão de chá, em Santiago, em condições de vida bastante precárias”, relata Aurora Bernardini.

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