Reino Unido mantém conversas com 20 países ‘interessados’ em contribuir para a paz na Ucrânia

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O governo britânico está em conversas com 20 países “interessados” em contribuir para a paz na Ucrânia, dentro de um eventual acordo de cessar-fogo do conflito desse país com a Rússia, informou uma autoridade britânica nesta quinta-feira (6).

O Executivo britânico entrou em contato na quarta-feira com esses aliados, “em sua maioria europeus ou pertencentes à Commonwealth”, informou a autoridade britânica mediante anonimato.

O funcionário acrescentou que as negociações para encerrar a guerra são “muito fluidas”, acrescentando que estão em uma “primeira etapa” para definir qual seria exatamente a contribuição de cada país.

Também nesta quinta, a Turquia indicou que pode participar dos esforços para se chegar à paz, enquanto o primeiro-ministro da Irlanda, Micheal Martin, também disse que as tropas de seu país podem fazer parte dessa iniciativa.

Essa “coalizão de voluntários”, da qual não se há muita informação, foi anunciada no domingo pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em uma cúpula organizada com o objetivo de alcançar “uma paz duradoura” na Ucrânia e que reuniu em Londres chefes de Estado e de governo europeus.

O anúncio da autoridade britânica ocorre quando os 27 líderes dos países da União Europeia se reúnem em Bruxelas para uma cúpula extraordinária, cujo objetivo é reforçar a defesa do continente.

Starmer, que tenta desempenhar um papel de mediador, disse à Sky News nesta quinta-feira que trabalha para colocar os Estados Unidos, a Ucrânia e os aliados europeus “na mesma página”.

“Essa capacidade de trabalhar com os Estados Unidos e nossos parceiros europeus permitiu a manutenção da paz por 80 anos”, disse ele durante uma viagem relacionada à defesa ao noroeste da Inglaterra.

França e Reino Unido são favoráveis ao envio de soldados à Ucrânia, enquanto a contribuição de outros países poderia ser mais logística.

Nesta quinta, a Rússia reiterou seu rechaço à mobilização de tropas europeias para garantir um possível cessar-fogo após um eventual acordo de paz em seu conflito com a Ucrânia.

“Não vemos nenhum acordo possível. Essa discussão é realizada com um objetivo abertamente hostil”, contra Moscou, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.

© Agence France-Presse

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