Caso Vitória: ‘tribunal do crime’ de facção criminosa pode estar envolvido em tortura e morte

O delegado Aldo Galiano, responsável pelo caso Vitória, levantou a hipótese de que o assassinato da jovem pode estar ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa de São Paulo. Segundo o delegado, o cabelo raspado da vítima pode indicar a ação do “Tribunal do Crime”, prática associada ao PCC.

Vítima do caso Vitória em foto maquiada

Facção criminosa pode estar envolvida no caso Vitória – Foto: Reprodução/ND

A adolescente de 17 anos foi encontrada com o corpo nu e parcialmente esquartejado, com sinais de extrema crueldade. Seus cabelos longos haviam sido raspados, e os braços estavam amarrados com fita plástica.

Cinco meses antes do crime, uma pessoa envolvida em raspar o cabelo de jovens ligadas ao PCC foi presa na região, segundo a delegacia. O delegado Aldo Galiano mantém a investigação em sigilo.

Justiça nega pedido de prisão de ex-namorado da vítima do caso Vitória

O delegado solicitou a prisão temporária do ex-namorado da vítima. Segundo o delegado, ele teria conhecimento do crime, mas a Justiça negou o pedido de prisão por falta de indícios concretos, exigindo mais investigações.

Questionada sobre a violência sofrida pela adolescente, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou que exames periciais foram solicitados ao IML (Instituto Médico Legal). Os laudos estão em elaboração.

Vitória com canudo de formatura na mão e letreiro escrito "formandos 2021" atrás

Jovem foi brutalmente assassinada aos 17 anos – Foto: Reprodução/ND

Os familiares de Vitória identificaram o corpo pelas tatuagens e pelo piercing que ela usava. A prefeitura de Cajamar mobilizou mais de 100 agentes, incluindo guardas municipais e Defesa Civil, nas buscas pela jovem.

Vitória desapareceu após sair do trabalho em um restaurante de shopping em Cajamar, na noite de 26 de fevereiro. Imagens de câmeras mostram a adolescente caminhando até o ponto de ônibus.

No local, ela conversou com uma amiga e relatou o medo de estar sendo perseguida. Segundo testemunhas, a adolescente foi seguida por um carro com quatro homens após descer do ônibus.

Vitória conversou com a amiga no dia em que desapareceu - Reprodução/ND

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Vitória conversou com a amiga no dia em que desapareceu – Reprodução/ND

Adolescente sumiu após sair do trabalho, no bairro onde morava com os pais - Reprodução/ND

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Adolescente sumiu após sair do trabalho, no bairro onde morava com os pais – Reprodução/ND

A adolescente temia estar sendo perseguida - Reprodução/ND

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A adolescente temia estar sendo perseguida – Reprodução/ND

A prefeitura decretou luto oficial de três dias em homenagem à jovem. A SSP informou que as investigações continuam. Foram colhidos depoimentos de 14 pessoas, incluindo o ex-namorado da vítima.

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