A administração do presidente Donald Trump iniciou no domingo um processo de demissões em massa na Voice of America (VOA) e em outros meios de comunicação financiados pelo governo, deixando clara sua intenção de desmontar as peças consideradas por muito tempo como críticas para a influência americana.
Um dia após todos os funcionários terem sido afastados por uma licença, os empregados sob contrato receberam um e-mail com a notificação sobre a demissão no fim de abril.
O e-mail, que vários funcionários confirmaram à AFP, afirma: “Você deve cessar qualquer trabalho imediatamente e não tem permissão para acessar os prédios da agência ou seus sistemas”.
Os funcionários sob contrato constituem grande parte da equipe da VOA e são a maior proporção de pessoal nos serviços de língua não inglesa.
Muitos deles não são cidadãos americanos, o que significa que possivelmente dependem dos seus trabalhos para manter os vistos de permanência nos Estados Unidos.
A maioria dos funcionários de tempo integral da VOA, com mais proteções legais, não foi demitida imediatamente, mas continua em suspensão administrativa. Estes funcionários receberam o pedido para não comparecer a seus postos de trabalho.
A Voice of America, criada durante a Segunda Guerra Mundial, transmite em 49 idiomas em todo o mundo com a missão de alcançar países sem liberdade de imprensa.
Com a VOA no limbo, alguns de seus serviços começaram a tocar música devido à falta de novos programas.
A agência tinha com 3.384 funcionários no ano fiscal de 2023 e para suas operações no ano fiscal vigente havia solicitado 950 milhões de dólares.
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