Prazer X Saúde: como fazer sexo pode reduzir os riscos de doenças cardíacas em homens

Manter uma vida sexual ativa vai além de oferecer prazer ou fortalecer vínculos afetivos: ela também desempenha um papel importante no coração. Um estudo realizado na Universidade de Qingdao, na China, indica que fazer sexo pode reduzir o risco de doença cardíaca em homens.

Homem e mulher em cama debaixo dos lençóis

Fazer sexo pode reduzir o risco de doença cardíaca em homens e traz diversos benefícios – Foto: Freepik/ND

O estudo, publicado no Journal of Scientific Reports, analisou dados de mais de 17 mil adultos nos Estados Unidos ao longo de quase nove anos.

Após isso, foi detectado que homens que têm menos de 12 relações sexuais por ano apresentam maior probabilidade de desenvolver problemas cardíacos, enquanto aqueles que praticam cerca de 103 vezes por ano — o equivalente a duas vezes por semana — apresentam os riscos menores.

Apesar disso, o estudo aponta que mesmo uma frequência de uma vez por semana já oferece benefícios significativos.

Como fazer sexo pode reduzir o risco de doença cardíaca

Conforme os especialistas, fazer sexo pode reduzir o risco de doença cardíaca de verdade, pois a atividade sexual melhora a circulação sanguínea, estimula o funcionamento do coração e reduz os níveis de estresse, fatores que ajudam a proteger o sistema cardiovascular.

Dois pés debaixo do lençol a mostra

Saiba como fazer sexo pode reduzir o risco de doença cardíaca – Foto: Freepik/ND

Além disso, a prática é considerada uma forma de exercício aeróbico moderado, que contribui para a saúde do coração.

Segundo a médica Alexis Missick, da empresa farmacêutica britânica UK Meds, a atividade sexual queima cerca de cinco calorias por minuto e fortalece diferentes grupos musculares.

Por isso, a falta de relações sexuais também pode indicar problemas de saúde. De acordo com a médica, a disfunção erétil, por exemplo, muitas vezes está associada ao bloqueio de vasos sanguíneos, que pode ser um sinal precoce de doenças cardiovasculares.

Alexis também aponta que os vasos do pênis são menores e mais suscetíveis a obstruções, o que explica a relação entre a disfunção e condições como infartos e insuficiência cardíaca.

Benefícios de uma vida sexual ativa

Homem e mulher encostando as mãos

Fazer sexo pode reduzir o risco de doença cardíaca: conheça quais são os outros benefícios – Foto: Freepik/ND

Além de proteger o coração, manter relações sexuais regularmente pode trazer outros benefícios:

  • Alívio do estresse: durante o sexo, são liberados hormônios como a oxitocina e a dopamina, que promovem relaxamento e bem-estar, além de reduzirem os níveis de cortisol, o hormônio do estresse;
  • Melhora do sono: orgasmos aumentam os níveis de prolactina, um hormônio que induz ao relaxamento e melhora a qualidade do sono;
  • Saúde mental e cognitiva: pesquisas publicadas no Journal of Sex Research indicam que, em idosos, a atividade sexual regular está associada a melhor desempenho cognitivo;
  • Prevenção de câncer de próstata: um estudo da Universidade de Harvard, publicado no European Urology, mostrou que homens que ejaculam regularmente têm menor risco de desenvolver câncer de próstata.

Existe algum limite para o sexo?

Embora os benefícios sejam claros, os pesquisadores alertam para o excesso. Relações sexuais mais de uma vez ao dia podem ser prejudiciais, pois o esforço físico excessivo pode sobrecarregar o coração. Esse ponto de “retorno decrescente” também é observado em atividades físicas intensas.

Os cientistas sugerem que a frequência sexual pode ser usada como um indicador da saúde geral de um indivíduo. Assim como outros hábitos saudáveis, como dieta balanceada e prática de exercícios físicos, a manutenção de uma vida sexual ativa contribui para o bem-estar físico e emocional.

 Homem e mulher se abraçado e apoiados em parede

Apesar de que fazer sexo pode reduzir o risco de doença cardíaca, existe um limite – Foto: Eugene Barmin/ND

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