Lula e o recorde que ninguém quer bater

Imagine a cena: Lula caminha tranquilamente, enquanto um repórter corre ao seu lado e dispara: “O seu governo bateu um recorde!” O presidente, com um sorriso no rosto, responde: “Opa!”. Mas o jornalista completa: “De desaprovação.” Lula para, pensativo, e solta um desanimado: “Ah…”.

Apesar de ser uma cena imaginária, é mais ou menos o que vem acontecendo na realidade. Segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10) pela AtlasIntel, a desaprovação ao presidente atingiu o maior índice desde o início de seu mandato: 49,8%. Enquanto isso, 47,8% dos entrevistados ainda aprovam a gestão, e 2,4% decidiram ficar em cima do muro e não opinar.

Essa crescente desaprovação não surgiu da noite para o dia. Desde abril de 2024, quando o índice era de 43,4%, a insatisfação só aumentou. É como se os brasileiros estivessem trocando o “vamos ver no que vai dar” pelo “não está dando mais”. E olha que o governo começou com uma desaprovação de 39%. Parece que, com o passar dos meses, a paciência da população foi derretendo como um sorvete esquecido no sol.

Ainda assim, nem tudo é desastre. Lula ainda mantém uma base fiel, que garante uma aprovação significativa, além de aparecer à frente em cenários de intenção de voto para 2026. Mas, com um recorde desses, é impossível não pensar: será que o presidente conseguirá reverter a situação? Ou vai precisar de algo mais forte do que discursos e promessas para recuperar o fôlego político? Enquanto isso, o termômetro da política continua subindo, e a torcida é para que ninguém se queime.