Crise do Pix: a fala do “ministro do vai dar m…”

O governo viu-se entre a cruz e a caldeirinha. Ou seja, naquela situação na qual qualquer decisão a ser tomada ficaria ruim. Deveria recuar da decisão de fazer mudanças na fiscalização das operações com Pix ou deveria insistir no que parecia uma batalha perdida? Optou por recuar, diante da constatação de que não mais conseguiria reverter na sociedade a impressão de que pretendia vir a taxar as transações por esse modelo de movimentação financeira que se tornou tão popular.

Embora essa impressão fosse falsa, consequência de fake news, o governo também não conseguia explicar exatamente o que pretendia com a mudança. E não conseguia conter a enxurrada de insatisfação. Por que tudo isso aconteceu? Porque não há integração das decisões do governo. E especialmente porque a comunicação não está associada às estratégias.

Não há uma discussão prévia de planejamento que avalie as possíveis repercussões antes da decisão tomada. Não há, enfim, o que Chico Buarque uma vez definiu como o “ministro do vai dar m…”. Um bom assessor de comunicação é aquele que atua como esse “ministro do vai dar m…”. Como avaliam Alexandre Jardim e Rudolfo Lago no JBrNews de hoje.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.